Itesp entrega centros de inclusão digital no assentamento Pirituba

O evento contará com a participação do secretário Luiz Antonio Marrey e de autoridades da região.

dom, 07/12/2008 - 15h20 | Do Portal do Governo

A Fundação Itesp (Instituto de Terras do Estado de São Paulo), entidade ligada à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, entrega na segunda-feira, 8 , dois centros interativos de tecnologia digital, que irá beneficiar principalmente jovens de cerca de 433 famílias do assentamento Pirituba, no Sudoeste do Estado. O evento contará com a participação do secretário Luiz Antonio Marrey e de autoridades e lideranças da região.

Cada centro terá 150 alunos com computadores e acesso a Internet. Os estudantes começam aprendendo estruturas básicas de informática. O projeto é uma parceria com a Fundação Orsa e envolve quatro secretarias estaduais: além de Justiça e da Defesa da Cidadania, há Relações Institucionais, que investiu R$ 100 mil por meio de sua Coordenadoria da Juventude, e ainda de Economia e Planejamento e de Assistência e Desenvolvimento Social.

“A parceria irá abrir as portas para novos projetos entre Itesp e Orsa, de inclusão digital, de recuperação ambiental de áreas de reserva e outros, que levarão benefícios às comunidades atendidas”, disse o diretor executivo do Itesp, Gustavo Ungaro.

Os dois centros funcionarão no assentamento Pirituba, nas agrovilas I e III, onde estão a Escola Técnica de Agricultura Familiar (Etaf), no município de Itaberá, e a Escola Estadual Franco Montoro, no município de Itapeva. Os dois locais, distantes entre si cerca de 20 quilômetros, concentram uma grande aglomeração de trabalhadores rurais, condição ideal para o aproveitamento dos novos espaços.

A proposta do projeto está montada em três estruturas: em primeiro lugar, será feito em conjunto com a comunidade, um estudo de viabilidade da região para descobrir as possibilidades e as necessidades dos assentados. Depois, gerado um plano de ação para a atuação dos monitores. Por fim, é montado um plano de sustentabilidade, que pretende dar liberdade e autonomia à comunidade para assumir os centros.

“A idéia é que os assentados se apoderem do espaço e dos equipamentos e que os centros sejam a base do desenvolvimento tecnológico da comunidade”, explica Lee Oswald Siqueira, da Fundação Orsa.

A Fundação Orsa entrou com metade dos recursos previstos para o projeto. A outra metade, foi investida pelo governo paulista. A Orsa assumiu a responsabilidade de formar e capacitar monitores na primeira fase do projeto.

Numa fase posterior, os alunos serão os responsáveis pela capacitação dos demais monitores, se transformando em agentes multiplicadores que irão trabalhar junto às escolas do assentamento. O projeto prevê que toda a comunidade terá acesso aos centros por meio do monitor ou pessoalmente.

O projeto no assentamento Pirituba é um piloto para um programa bem mais amplo que a Fundação Orsa, em parceria com o Itesp, pretende fechar com a Microsoft para criar 400 centros interativos, englobando regiões como Vale do Ribeira e Pontal do Paranapanema. Por meio desse projeto devem ser criados 55 centros na região Oeste – todos em assentamentos – e 16 no Vale do Ribeira, englobando comunidades quilombolas.

Da Fundação Itesp