Itesp entrega 23 mil mudas de palmito pupunha em quilombos do Vale do Ribeira

Vinte famílias das comunidades quilombolas Pedro Cubas, em Eldorado, e Pilões, em Iporanga foram beneficiadas

dom, 12/06/2011 - 14h00 | Do Portal do Governo

A Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo, por meio do Grupo Técnico de Campo (GTC) de Eldorado (Vale do Ribeira), entregou, no primeiro trimestre do ano, 23 mil mudas de palmito pupunha para duas comunidades quilombolas – Pedro Cubas, em Eldorado, e Pilões, em Iporanga – totalizando 20 famílias beneficiadas. A iniciativa tem como objetivo diversificar a produção e aumentar a renda familiar, favorecendo inclusive a fixação dos jovens nas comunidades quilombolas.

O cultivo do palmito pupunha vem aumentando significativamente na região do Vale do Ribeira nos últimos anos, e é hoje uma alternativa consolidada, cuja demanda ainda é maior que a oferta – por isso os produtores vêm obtendo bons rendimentos. A pupunha ainda possui a vantagem de não precisar de colheita em períodos determinados, como acontece em outras lavouras. O agricultor pode fazer o corte quando achar conveniente (de acordo com preços, condições climáticas, condições das estradas em períodos chuvosos etc.).

A aposta do Itesp tem ainda um outro componente – o manejo sustentável. Com o plantio de mudas, espera-se desestimular a extração clandestina do palmito juçara, nativo da mata e que hoje está em risco de extinção. Mesmo sendo proibida sem um plano de manejo sustentado aprovado, a exploração predatória do juçara tem avançado no País, tornando todo palmito comercializado ilegal, sem falar do risco de intoxicação por botulismo.

No Quilombo Pilões, onde as famílias, em sua maioria, vivem de lavouras de subsistência e extrativismo, esse cultivo torna-se pioneiro na geração de renda e, animados pela proposta, os produtores quilombolas beneficiados acessaram pela primeira vez a linha de crédito Pronaf para a implantação do cultivo.
Segundo os produtores, iniciativas como essa fazem a ponte entre uma agricultura de subsistência e a agricultura geradora de renda, onde as famílias conseguem permanecer em suas comunidades com qualidade de vida.

Da Fundação Itesp