A Fundação Itesp (Instituto de Terras do Estado de São Paulo), órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, está apresentando junto ao Fehidro (Fundo Estadual de Recursos Hídricos), ligado à Secretaria do Meio Ambiente, um projeto de educação ambiental denominado Andraverde, que será desenvolvido nos 11 assentamentos (Pereira Barreto, Castilho, Andradina, Nova Independência, Murutinga do Sul, Guaraçaí, Mirandópolis) em que o órgão presta assistência técnica na região de Andradina. O projeto é feito em parceria com a Apta Extremo Oeste (Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, dentro das diretrizes do Plano Estadual de Recursos Hídricos, e pretende trazer como parceiros a Diretoria Regional de Ensino e as prefeituras municipais.
Coordenador regional do Itesp e também integrante do Comitê da Bacia Hidrográfica do Baixo Tietê, Marco Aurélio Pilla disse que busca unir as forças representativas das instituições e também de outros segmentos para que seja desenvolvido um projeto que realmente traga resultados reais de benefícios para a região. O diretor executivo da Fundação Itesp, Gustavo Ungaro, reforça a importância na busca de parcerias. “A união de forças, principalmente nas regiões, serve como o principal propulsor para o desenvolvimento do Estado.”
A metodologia do Andraverde prevê a implantação de um programa de educação ambiental para incluir toda a família no trabalho. Segundo o analista de desenvolvimento agrário do GTC (Grupo Técnico de Campo) do Itesp de Andradina, Clóvis Renato Bortoluci Etto, a idéia é divulgar o programa nos assentamentos e nas escolas para que ele atinja tanto os pais como as crianças e jovens em um processo de conscientização contínuo entre as gerações. O objetivo é a formação de agentes multiplicadores para melhoria das condições ambientais da região nos assentamentos, trabalhando com a explicação da importância da manutenção das áreas de Reserva Florestal Legal e de Preservação Permanente.
Para Etto, os assentamentos tendem a se transformar cada vez mais em representantes da agricultura familiar. “Diversos produtos dos assentamentos, como o leite e derivados, frutas, verduras, legumes, suínos e bovinos ganharão destaque suprindo a demanda dos centros urbanos”, disse Etto. “Com isso, é fundamental que este incremento de produção seja conduzido de forma sustentável, e a educação ambiental constitui a melhor estratégia para atingir esse objetivo”, completou.
O projeto tem duração estimada de um ano e tem em sua programação, além do trabalho direto com os assentados, atividades práticas em áreas de reservas e viveiros da região e elaboração de programas pilotos para serem desenvolvidos nas escolas. Para ser executada, a proposta depende da aprovação na avaliação a ser feita por uma comissão de especialistas do Fehidro, com a liberação dos recursos necessários.
Da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania
