Itesp ajuda a transformar pequena produção caseira em negócio

Fábrica de doces surgiu de comércio informal de assentamento do interior do Estado

ter, 11/08/2009 - 18h30 | Do Portal do Governo

No final da década de 90, um grupo 12 mulheres do Projeto de Assentamento Reunidas, localizado no município de Promissão, se juntou para produzir doces de leite e frutas processadas de forma artesanal. A intenção do grupo era ajudar na renda familiar. A Fundação Itesp já observava o trabalho do grupo quando, em 2001, resolveu apoiar a iniciativa e ajudou na construção do prédio onde atualmente funciona a fábrica.

No início, a produção era feita nas casas das próprias produtoras porque não havia espaço físico. Com o tempo, o local ficou pequeno e a cozinha da Igreja passou a ser usada para fazer o negócio deslanchar. Mais tarde, com ajuda da prefeitura, o grupo construiu um pequeno barracão de 32 metros quadrados no próprio assentamento.

A matéria-prima utilizada na produção dos doces (basicamente, leite e frutas), na sua maioria, é adquirida no próprio assentamento, que produz leite em abundância. Inicialmente, toda a produção era vendida pelas próprias mulheres no município de Promissão. Em seguida, elas começaram a entregar em pequenos mercados e açougues. A venda também acontecia em exposições agropecuárias da região e feiras com espaços destinados aos pequenos produtores assentados – como a Feira do Parque da Água Branca, Feira de Produtos Artesanais de Brasília e Agrifam (Feira da Agricultura Familiar e do Trabalho Rural).

Apesar da ampliação do espaço, o grupo começou a perder integrantes. Do total de mulheres do início, apenas quatro insistiram em continuar no negócio. De olho na iniciativa, na safra agrícola de 2000/2001, a Fundação Itesp resolveu ajudar o negócio deslanchar e forneceu materiais de construção para construir um novo galpão. Em parceria com a Prefeitura (que ofereceu a mão-de-obra), o órgão ajudou a edificar a fábrica de doces Bemacla, que conta com uma área de 255 metros quadrados. O nome da indústria foi criado com base nas iniciais dos nomes das quatro mulheres que permaneceram no negócio – Bernadete, Erenice, Mara e Clarinda.

O acabamento do prédio foi feito com recursos próprios do grupo. Todo equipamento interno necessário para o funcionamento – panelas, fogão industrial, freezer, laboratório de analises, entre outros – foi adquirido com recursos do Finsocial (Fundo de Investimento Social) e do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar).

Atualmente, seis famílias trabalham na fábrica e produzem cerca de 5.000 kg/ mês. A produção é vendida para duas grandes empresas da região e para a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Para ajudar a entregar os produtos, foi necessária a aquisição de um veiculo – comprado por meio do Pronaf. O veículo 0km foi entregue à Bemacla durante a última Agrifam, realizada de 31 de julho a 2 de agosto no município de Agudos (SP).

Da Fundação Itesp