Italiano Riccardo Cordero expõe pinturas, gravuras e esculturas no Memorial

Artista participará de um bate-papo com o público no dia da abertura da exposição (14/09)

seg, 10/09/2007 - 13h27 | Do Portal do Governo

O Memorial da América Latina, em parceria com o Instituto Italiano de Cultura, abre, nesta sexta-feira, dia 14 de setembro, a exposição “Riccardo Cordero: Opere 1960-2006” , com pinturas, gravuras e esculturas do artista italiano Riccardo Cordero. No dia da abertura, Cordero, cujas instalações ornamentam prédios, praças e parques ao redor do mundo, participa de um bate-papo com o público, às 17h. O tema da conversa é “A escultura e a intervenção urbana hoje”.

 Para a exposição no Memorial, foram, selecionadas 56 obras do artista, que nasceu em Alba (região do Piemonte) em 1942, vive e trabalha em Turim. Cordero formou-se sob a orientação de Sandro Cherchi e Franco Garelli na Accademia Albertina di Belle Arti de Turim, onde atualmente é titular da cadeira de escultura.

 Segundo Gianni Oliva, Secretário da Cultura da Região Piemonte, “suas obras são a expressão de uma profunda indagação que sabe aliar à bagagem cultural o espírito de um artista livre de convenções que se permite ser influenciado pelas mudanças dos ‘ânimos’ da sociedade e pela paixão do viver cotidiano”.

O começo

 Seu percurso como escultor tem início entre os anos 1960-64, período esse em que estabelece como objetivo de seus trabalhos a aproximação ao pensamento formal estruturado. São desse período a obras: “Planos que se movem” (1962), “União espacial” (1963), “Estrutura” (1964), entre outras.

 De 1964 a 1965, aparece uma primeira guinada em relação aos conhecimentos acumulados. A famosa obra “O jogador de futebol”, de 1964, do acervo da Galleria Civica d’Arte Moderna e Contemporanea de Turim, traz à tona uma reflexão sobre o problema da centralidade da figura humana e, portanto, da figuração.

 Novos materiais

Entre 1967 e 1970, retoma a indagação sobre o pensamento construtivo estruturado de sua estréia, mas agora numa pesquisa de materiais. Aparecem, assim, obras em alumínio, plexiglass e poliestireno moldado como em “Poli 2” ou “Construção múltipla” (1967) e “Compressão” (1968). No início da década de 1970, recebe inúmeras encomendas de órgãos públicos principalmente no âmbito da edificação de escolas.

 

Em 1977, Cordero tende a verificar a possibilidade de experimentar a reintrodução de uma figuração narrativa em seu trabalho. As hibridações natureza/figura/moldura apresentam-se em uma série de variações em que o esquema de composição adotado é o do “fragmento” e chamam a atenção de críticos do calibre de Giovanni Arpino.

 

Na década seguinte, o artista inicia as “provas técnicas” para uma ulterior ampliação dos horizontes iconográficos. No ano de 1986, um breve parênteses para testar os desafios impossíveis de realizar em esculturas de paisagem, obras como “Arco-íris” e “A terra-paisagem”, em que é forçada outra convenção da temática da escultura, mas que desembocará na obra “Sombras do céu” (1990), anunciando um decênio inteiro de figuração declarada e sistematicamente perseguida.

 

Em sua produção mais recente, podemos observar, finalmente, uma escultura formalmente livre, que caminha a passos seguros e no universo do espaço e das formas.

Serviço:

“Riccardo Cordero: Opere 1960-2006”
De 14 a 30 de setembro

De terça a domingo, das 9h às 18h

Bate-papo com o artista no dia 14, às 17h

Entrada franca
Memorial da América Latina

Galeria Marta Traba (portões 1 e 4)
Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664, Barra Funda

Da Fundação Memorial da América Latina