IPT promove encontro com secretário-executivo da Câmara de Comércio Exterior

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qui, 01/06/2000 - 18h25 | Do Portal do Governo

Nesta sexta-feira, dia 2 de junho, a partir das 8 horas, o IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas, vinculado à Secretaria da Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo recebe em um café da manhã Roberto Gianetti da Fonseca, secretário-executivo da Câmara de Comércio Exterior (Camex). Serão apresentados os resultados recentes de dois dos principais projetos do Instituto para apoio tecnológico às exportações e ao aumento da competitividade das micro e pequenas empresas nacionais. Trata-se do Progex – Programa de Apoio Tecnológico à Exportação e do Prumo – Programa de Unidades Móveis, com laboratórios embarcados em vans que deslocam-se até as fábricas para realizar os atendimentos tecnológicos. Ambos são desenvolvidos em parceria com o Sebrae/SP.
Segundo a Diretora Adjunta para Projetos Especiais do IPT e responsável pela condução dos dois projetos, Mari Katayama, o objetivo do encontro é mostrar o potencial de ambos para viabilizar a exportação pelas pequenas empresas. Institutos de pesquisas de outros estados poderão viabilizar sua implantação com o apoio da Camex e outras entidades governamentais. Para Mari, o potencial exportador das micro e pequenas empresas é muito grande e, em função da aplicação da tecnologia escolhida, pode ser ainda maior. ‘O fator tecnológico é decisivo para que se obtenha ganhos adicionais nas exportações. Nossos projetos bem-sucedidos em São Paulo já despertam o interesse de outros Estados e podemos disponibilizar a metodologia para eles.’
O evento contará com a presença de empresários e haverá uma exposição de produtos fabricados por empresas atendidas pelo Progex. Uma unidade do Prumo estará em exposição no saguão do prédio da Divisão Mecânica e Eletricidade, onde acontece o evento.

Progex

O programa oferece apoio tecnológico para aumentar a competitividade e viabilizar a exportação de micro e pequenas empresas paulistas. Atende setores como os de cerâmica, têxteis e vestuário, jóias e bijuterias, móveis, equipamentos eletromédicos, calçados, artigos de couro e brinquedos, entre outros.
Os principais problemas tecnológicos atendidos pelo Progex são a qualidade, a redução de custos, adequação às normas técnicas, o desenvolvimento de produto para um mercado específico e o design. Para os empresários entrevistados, fora a questão tecnológica, os maiores problemas para exportar concentram-se no excesso de burocracia, impostos elevados, falta de conhecimento de potenciais clientes e mercados, falta de financiamento e até saída ilegal de mercadorias.
Pesquisa realizada com 20 empresas, das 40 atendidas pelo Progex, mostra que nove delas estão ampliando as exportações após o atendimento do programa. Suas exportações somaram aproximadamente US$ 2,71 milhões em 99, devendo chegar a US$ 4,16 milhões este ano e US$ 7,25 milhões no próximo. Cinco empresas conseguiram substituir importa-ções, projetando economia de divisas da ordem de US$ 740 mil este ano e outros US$ 1,41 milhão em 2001. Além disso, cinco empresas, embora ainda não estejam exportando, melhoraram o desempenho no mercado interno.

Prumo

O Programa de Unidades Móveis atende hoje empresas do setor de plásticos, devendo estender-se, em breve, a cinco outros setores da indústria (cerâmica, móveis, borracha, calçados e tratamentos de superfícies). Embora o Prumo não esteja diretamente orientado para apoio às exportações, indiretamente ele beneficia as micro e pequenas empresas com potencial exportador.
Segundo Mari Katayama, o Prumo enfrenta com sucesso alguns dos principais aspectos apontados pelos empresários como problemas tecnológicos a serem transpostos para exportar.
Apesar de não ter como meta principal a exportação, o Prumo incrementa a qualidade e a produtividade, ao mesmo tempo que ajuda a reduzir custos de produção gerando, assim, um potencial exportador especialmente para países do Mercosul.