IPT: Programa estende qualidade da borracha

Inscrições estão abertas até 15 de março

ter, 14/02/2006 - 12h29 | Do Portal do Governo

A Rede IPT de Programas Interlaboratoriais recebe até 15 de março as fichas de inscrição de todos os laboratórios que desejem participar do Programa Interlaboratorial de Borrachas, coordenado pelo Laboratório de Processos Químicos e Tecnologia de Partículas do IPT. O objetivo principal do Programa é detectar os problemas ocorridos em práticas laboratoriais e tomar ações preventivas ou corretivas adequadas, viabilizando a evolução constante dos processos de medição e o conseqüente aumento na confiabilidade de resultados.

Durante o Programa, o IPT avaliará e determinará a eficácia de métodos dos participantes, incluindo discussões sobre procedimentos e parâmetros de ensaio. Fornecerá subsídios técnicos para que as comissões de normalização nacionais possam elaborar ou revisar métodos.

Para uniformizar o controle da qualidade dos materiais recebidos e fornecidos pelos laboratórios, o Programa fará a verificação da compatibilidade de resultados entre laboratórios e comparação de seus resultados com a média das indústrias do setor verificando assim seu desempenho. Outras medidas são: o cálculo de parâmetros estatísticos relacionados com a incerteza das medições, o aprimoramento das técnicas operacionais e o treinamento de operadores. “Um benefício direto destas medidas é a manutenção da confiança mútua entre clientes e fornecedores”, declara Ângela Maria Rabelo, coordenadora do Programa. “Essa iniciativa oferece um incentivo para a tomada de ações corretivas em função de eventuais erros aleatórios ou sistemáticos, viabilizando direcionar esforços para incrementar a confiabilidade metrológica de seus resultados; fornecendo credibilidade aos seus clientes potenciais, fabricantes e consumidores, quanto ao seu rigor na observância das especificações.”

A participação em Programas Interlaboratoriais, além de requisito da Norma NBR/ISO/IEC 17 025-2001, segundo a qual um laboratório demonstra sua proficiência ou a compatibilidade de seus resultados com o obtido pelo grupo de trabalho, é, segundo Ângela, ainda mais imprescindível para a área de borracha. “Não há padrões de borracha que possam ser repetidos. Por essa razão, nos programas interlaboratoriais para estes materiais, não se têm valores de referência como base mas, sim, médias de consenso obtidas a partir do conjunto de dados dos participantes. As médias evidenciam o quanto o resultado de um determinado laboratório concorda com os demais, identificando se os desvios cometidos são devidos a erros predominantemente aleatórios ou sistemáticos, permitindo sua auto-aferição. Temos em vista que ensaios podem levar a decisões importantes e, ainda, acarretar redução de custos de produção, eliminando retrabalho ou perdas”.

Os resultados de cada laboratório recebem do IPT um código numérico de identificação individual, que garante sua confidencialidade. Somente a coordenação do Programa e o próprio laboratrório têm acesso a ele.