IPT: Internet corre risco de não ter endereços eletrônicos para todos

O IPT participa de projeto europeu para alavancá-los à casa dos sextilhões. Confira workshop

sex, 17/03/2006 - 18h43 | Do Portal do Governo

Internet para todos

Internet corre risco de não ter endereços eletrônicos para todos. O IPT participa de projeto europeu para alavancá-los à casa dos sextilhões. Confira workshop.

Especialistas do IPT, da Fundação Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD) e do European Telecommunications Standards Institute (ETSI) estarão reunidos em março (21 a 24) no ICT & OSA Parlay Workshop.

O evento está dividido em duas etapas: uma em Campinas, na CPqD, e outra no IPT, em São Paulo. O objetivo é divulgar trabalhos da CPqD com a ferramenta OSA/Parlay e os esforços internacionais, em especial os do ETSI e do IPT, para o desenvolvimento e implantação do Protocolo IPV6 para a Internet.

A rede mundial de computadores nasceu baseada no protocolo IPV4, um sistema de codificação de cada computador ligado à Internet com um código de 4 números, cada um variando de 1 a 256 ou a 255. “Quando criaram a Internet, imaginava-se que ela seria utilizada somente por algumas universidades e institutos de pesquisa. O IPV4 não foi projetado para lidar com essa explosão de computadores no mundo”, explica Antonio Rigo, pesquisador do IPT.

Europa, Estados Unidos e Brasil saíram na frente e se apropriaram das possíveis e limitadas combinações que esse sistema oferece. Resultado: Ásia, África e o restante da América Latina ficaram com cotas estreitas e numa situação desconfortável nesta revolução da tecnologia. Era necessário criar um mecanismo que fosse capaz de abrigar a todos para facilitar a comunicação e atender às necessidades comerciais.

Internacionalmente, começou-se a estudar novas possibilidades. A China, grande interessada, está adiantada na pesquisa, mas o Brasil também persegue esta tecnologia. Resultou desses esforços internacionais a criação do IPV6, a Internet capaz de abrigar sextilhões de endereços eletrônicos por metro quadrado. “Além de aumentar o número de usuários da Internet, o IPV6 traz vantagens de segurança de informações e de mobilidade”, conta Rigo.

Parceria com europeus – O IPT e o ETSI estiveram em parceria no projeto GO4IT, desenvolvendo ferramentas de teste para o IPV6, conscientes da importância da comunicação entre Brasil e Europa para a comercialização. Neste evento, pretendem compartilhar os conhecimentos adquiridos com programadores e outros especialistas em linguagem de protocolos e redes.

Outra evolução em informática a ser abordada no worshop é o OSA/Parlay, ferramenta para desenvolver soluções em integração de redes locais com telefonia. Esse mecanismo também pode gerar serviços de agendamento de reuniões, por exemplo, em que o computador programado para um certo dia e horário, liga para os celulares dos envolvidos e os coloca em contato. Para Rigo sistemas de agendamento como este serão a mais nova oportunidade de negócio.

Programa – Nos dias 21 e 22 de março, no CPqD, serão abordados os temas metodologia de testes e potencial da ferramenta OSA/Parlay sob uma ótica empresarial. Nos dias 23 e 24, no IPT, a abordagem será técnica em temas de OSA/Parlay e IPV6. Será desenvolvido, com o acompanhamento de especialistas, um aplicativo OSA/Parlay funcional, que será utilizado em demonstrações práticas com simuladores. Interessados poderão participar do workshop em todas as atividades ou somente em um assunto de interesse. Recomenda-se aos participantes com conhecimento em linguagens e protocolos de redes que, nestes dias, tragam seus notebooks equipados com placa de rede wireless para melhor aproveitamento das atividades.

Serviço

Inscrições e informações: ctxml@ipt.br

Local: CPqD (Campinas)

21/03 – TTCN: Metodologias de testes

22/03 – OSA-Parlay: Potencial da ferramenta de convergência

Local: IPT (São Paulo)

23/03 – OSA-Parlay: Tutorial para desenvolvedores

24/03 – IPv6: Panorama atual e futuro / Laboratórios de mobilidade, QoS e segurança

Assessoria de Imprensa IPT