A Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp) e o Instituto de Pesos e Medidas (Ipem) firmaram parceria para certificar a cadeia produtiva de frutas produzidas nos assentamentos rurais do interior paulista. O anúncio foi feito na quarta-feira, 15, durante visita do diretor executivo do Itesp, Gustavo Úngaro, ao Ipem.
O primeiro acerto entre os dois órgãos foi a definição de um programa piloto que será realizado na comunidade de assentados de Iperó, na região de Sorocaba, pelo Organismo de Certificação de Produtos do Ipem (Ocipem). O órgão poderá fazer a certificação da produção de cerca de 160 toneladas de goiaba por safra, cultivadas por 15 produtores locais. Os técnicos do Ocipem vão monitorar todos os procedimentos, desde a preparação da terra, plantio, poda, colheita e armazenamento, além do sistema de rastreabilidade do produto.
Segundo o superintendente do Ipem-SP, Fabiano Marques de Paula, a parceria será completada pela Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), que irá treinar os técnicos do Ipem e do Itesp. Os profissionais da Cati também farão um trabalho de conscientização com os produtores assentados para mostrar a importância da adesão voluntária ao projeto. “É uma iniciativa de cunho social, que pretendemos ampliar, pois agrega valor e cria um diferencial ao produto que disputa um mercado muito concorrido na hora da comercialização”, explica Marques de Paula.
Para dar andamento ao projeto, o Ipem deverá fechar o termo de parceria com a Cati e solicitar ao Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) sua habilitação para efetuar a certificação das frutas. O instituto utilizará a Produção Integrada de Frutas (PIF), programa de avaliação da conformidade voluntário, desenvolvido pelo Inmetro e Ministério de Agricultura.
De acordo com Úngaro, a parceria com Ipem-SP é de extrema importância para a comunidade de assentados que poderá reduzir custos e ganhar mais qualidade na produção. “Este será um grande estímulo para os produtores dos assentamentos, que vão atuar como gestores de seu próprio espaço rural”. Ele afirma que em 2010, os assentados deverão ganhar um galpão à beira da rodovia Castelo Branco, na cidade de Porto Feliz, e uma loja no prédio do Itesp em São Paulo para vender as frutas produzidas.
Do Ipem
