Instituto Virtual une Fapesp, Unicamp, USP e a Unesp

A cerimônia será realizada nesta quinta-feira, 2, às 9h30, na sede da Fapesp

qua, 01/08/2007 - 15h02 | Do Portal do Governo

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e as três universidade públicas paulistas – Unicamp, USP e Unesp – celebram a institucionalização do Instituto Virtual da Biodiversidade. A cerimônia será realizada nesta quinta-feira, 2, às 9h30, na sede da Fapesp (rua Pio XI, 1.500, auditório, 4º andar), em São Paulo.

Desde que o Programa Biota-Fapesp foi criado, em 1999, os cientistas descobriram pelo menos 500 novas espécies de plantas e animais. O programa produziu ainda um atlas com as áreas vegetais prioritárias para conservação e recuperação no estado de São Paulo e outros sistemas eletrônicos dinâmicos e inter-relacionados, constantemente atualizados com informações produzidas pelos pesquisadores das universidades participantes. O objetivo da parceria é o de tornar permanente a preservação e a continuidade desta riqueza de conhecimento. O convênio estabelece que as universidades façam a manutenção dos sistemas de informação ambiental criadas pelo Programa Biota-Fapesp.

“O acordo garante a perenidade das ferramentas que já existem e são de uso geral da comunidade científica, mas que têm uma complexa rotina de manutenção diária”, afirma Carlos Alfredo Joly, membro da coordenação do Programa Biota e professor do Instituto de Biologia da Unicamp.

Segundo ele, cada universidade ficará responsável por uma ferramenta. O Sistema de Informação Ambiental (SinBiota ) – com dados de aproximadamente 4 mil espécies de plantas, animais e microrganismos encontrados no estado – o Atlas e a revista eletrônica Biota Neotrópica ficarão sob responsabilidade da Unicamp. Já a Rede Biota de Bioprospecção e Bioensaios (BIOprospecTA) será dividida entre a Unesp – que cuidará das informações sobre caracterização de moléculas, coleção de extratos e animais, por exemplo – e a USP – que ficará com a parte mais aplicada da bioprospecção, ou seja, com as informações sobre utilização clínica das moléculas conhecidas.

Participação internacional

Michel Loreau, da Universidade McGill, no Canadá, presidente do Comitê Científico Diversitas e vice-presidente do International Mechanism of Scientific Expertise in Biodiversity (IMoSEB), ministrará no evento na Fapesp a palestra “Por que precisamos de um Mecanismo Internacional de Conhecimento Científico em Biodiversidade (IMoSEB)?”.

Lançado em janeiro de 2006, o IMoSEB vai organizar a comunidade científica que trabalha com a biodiversidade para emitir alertas sobre os perigos da redução de espécies que ocorre atualmente. Para ele, a diversidade de opiniões é necessária, mas também é preciso um esforço coletivo para divulgar mundialmente questões cruciais e como elas devem ser encaminhadas.

Organismo internacional para o compartilhamento de informações ambientais entre países para elaboração de políticas públicas e tomadas de decisão, o IMoSEB ainda não tem a participação oficial do Brasil. Para Carlos Alfredo Joly, o País tem pesquisadores com força e prestígio internacional, além de gerar dados que podem ser integrados a relatórios internacionais sobre biodiversidade.

Da Unicamp