Instituto do Câncer integra Ecografia à rede wireless

O aparelho está sendo utilizado em pacientes desde agosto, após uma fase bem sucedida de testes

ter, 18/11/2008 - 15h07 | Do Portal do Governo

Se já é possível levar o prontuário digital à beira do leito do paciente usando a tecnologia sem fio, porque não dispensar o cabo e usar o mesmo recurso para enviar as imagens dos exames para o banco de dados? Foi pensando nisso que a equipe de Tecnologia da Informação (TI) do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo “Octavio Frias de Oliveira” desenvolveu a integração do sistema wireless, implantado em todo o prédio, a um equipamento de ultra-sonografia portátil.

“A idéia surgiu junto com a inauguração da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e a necessidade de realizar exames à beira do leito, em pacientes graves” diz o engenheiro Vilson Cobello, um dos responsáveis pela adaptação, inédita nos hospitais brasileiros. O aparelho está sendo utilizado em pacientes desde o dia 25 de agosto, após uma fase bem sucedida de testes.

O envio das imagens dos exames sem a necessidade de cabos de transmissão de dados só foi possível porque toda a estrutura do Instituto foi preparada para permitir o uso da tecnologia wireless. Em hospitais onde ela não está totalmente implantada, os aparelhos de ultra-sonografia e raio-X, mesmo portáteis, exigem que a sala onde é feito o exame tenha um ponto de rede. Isso muitas vezes limita o uso do equipamento e com isso reduz a agilidade na realização dos exames e na obtenção dos resultados.

Vilson e a equipe de TI fizeram a adaptação do ultra-som usando uma placa wireless – um investimento de aproximadamente R$ 150. Depois de configurado, basta ligar o equipamento à energia elétrica e ele estará pronto para realizar exames, seja em unidades de terapia intensiva, em leitos, em consultórios ou até mesmo nos corredores do hospital. Uma vez captada a imagem, ela é enviada, via wireless, para o RIS/PACS, um sistema de registro de pacientes e armazenamento de imagens digitais de todos os exames feitos no Instituto do Câncer e nas unidades do sistema HC/FMUSP. Tudo sem fio e sem papel.

Depois de finalizado, o exame fica disponível segundos após a captura. Ele pode ser visualizado em um computador ou acessado imediatamente por meio de outra tecnologia inovadora, já em teste no Instituto: os prontuários eletrônicos digitais portáteis, que disponibilizam o histórico médico do paciente cadastrado no sistema.

Inaugurado em maio deste ano, o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo é fruto de uma parceria entre a Secretaria da Saúde e a Faculdade de Medicina da USP. Quando estiver trabalhando em sua capacidade total, a instituição será o maior poderá oferecer cerca de 400 mil consultas, 5 mil procedimentos de radioterapia, 70 mil de quimioterapia, e 16 mil cirurgias por ano.

Da Secretaria da Saúde