Instituto do Câncer aplica técnicas de acupuntura para tratamento de pacientes com câncer

Terapia começa a ser realizada como suporte no controle dos sintomas da doença e efeitos colaterais das medicações

ter, 13/04/2010 - 12h30 | Do Portal do Governo

O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), ligado à Secretaria da Saúde, incorporou a acupuntura como parte da abordagem multidisciplinar para tratamento de neoplasias. A inclusão reflete o grande potencial de controle de sintomas oferecido pela técnica, acarretando melhorias significativas na qualidade de vida do paciente oncológico.

O objetivo é que a terapia ofereça suporte ambulatorial ao tratamento convencional, a fim de contribuir para o cuidado global do paciente. De acordo com o clínico geral especializado em acupuntura e um dos responsáveis pelo ambulatório no Icesp, Eduardo G. D’Alessandro, a terapia complementar é altamente indicada para controle de afecções como dor, náusea, neuropatia, xerostomia, fadiga, ansiedade, depressão, insônia, ondas de calor, fadiga pós-quimioterapia, diarréia e constipação, sintomas bastante comuns após as seções de quimioterapia.

“Para ter acesso à terapia, os pacientes precisam ser encaminhados pelo médico. Eles passarão por uma consulta de triagem para avaliação e, caso a acupuntura seja indicada naquele quadro específico, receberão um plano de tratamento de acordo com os sintomas que os incomodam”, explica.

O novo ambulatório está em funcionamento desde o início de abril e, inicialmente, funcionará três vezes por semana durante cinco horas e terá capacidade para realizar 250 atendimentos mensalmente.

Terapia complementar

Originada há mais de cinco mil anos, a acupuntura é um ramo da medicina tradicional chinesa que se utiliza de agulhas inseridas na superfície do corpo para o tratamento de dores, stress e fadiga com objetivo de restabelecer o equilíbrio do organismo.

Nas sessões são utilizadas finas agulhas metálicas, descartáveis, que causam pouca ou nenhuma dor ao serem inseridas e podem gerar sensações como distensão, aquecimento ou peso nos locais das punções. O curso do tratamento varia de acordo com a cronicidade das afecções, mas geralmente acontecem em cerca de 10 a 20 sessões, realizadas uma ou duas vezes por semana.

Do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo