Instituto de Zootecnia intensifica pesquisas sobre ovinocultura

Objetivo é obter um programa único para o Estado com participação dos segmentos dessa cadeia produtiva

qui, 31/01/2008 - 9h48 | Do Portal do Governo

O Programa de Consolidação da Ovinocultura no Estado de São Paulo foi debatido no fim do ano passado, em reunião entre os pesquisadores do Instituto de Zootecnia (IZ-Apta), das unidades de pesquisa dos pólos regionais da Apta, por outros setores da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento e por representantes do setor produtivo. O objetivo é a obtenção de um programa único para o Estado, com a participação dos interessados nos segmentos dessa cadeia produtiva em sua totalidade.

De acordo com o pesquisador científico do IZ, Eduardo Cunha, deverá haver mais atenção em relação à adoção de outras raças, relativamente recentes, no mercado nacional. “Os animais têm características de interesse, mas não há disponibilidade de informações precisas e suficientes. Com isso, o relacionamento com o setor produtivo garantirá a adequação e o desenvolvimento das atividades de pesquisa e de fomento”, explica.

Para Cunha, o Programa de Consolidação ajudará a intensificar a participação efetiva da ovinocultura no agronegócio. Há mais de 20 anos, o IZ e a secretaria geram conhecimento científico para a produção ovina, criando, estudando e inovando sistemas de produção e tecnologias viáveis ao produtor rural.

Mercado

O rebanho do Estado de São Paulo, que em 1995/1996 somava 440 mil cabeças, em 9.252 propriedades, atualmente supera 1 milhão de matrizes, com mais de 12 mil propriedades cadastradas. A produção de carne representa atividade em crescente participação socioeconômica e firma-se como alternativa de viabilização da propriedade rural. As características da espécie – docilidade, pequeno porte e relativa rusticidade – facilitam a criação com a vantagem adicional de se utilizar a mão-de-obra familiar, instalações simples e de baixo custo.

A demanda da carne de cordeiro cresceu significativamente na última década. Com a escassez do produto, houve maior valorização. A produção paulista atende somente 10% da demanda no Estado, o que obriga sua compra do Estado do Rio Grande do Sul e sua importação da Argentina, Uruguai, Chile, França e Nova Zelândia.

Do Instituto de Zootecnia

(I.P.)