Instituto de Pesca completa 41 anos de atividades

Instituto é pioneiro no estudo de ecossistemas aquáticos e organismos marinhos e continentais

qui, 08/04/2010 - 11h30 | Do Portal do Governo

O Instituto de Pesca completa 41 anos de atividades nesta quinta-feira, 8. Criado em 1969, o órgão é mantido pelo Governo, por meio da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. É a primeira instituição brasileira voltada ao estudo de ecossistemas aquáticos e à biologia de organismos marinhos e continentais, com vistas ao povoamento e repovoamento com espécies indicadas.

Entre as atribuições do instituto estão realizar pesquisas básicas e aplicadas sobre a fauna e o ambiente aquático, visando ao aumento de sua produtividade e à sua exploração racional; orientar o povoamento e repovoamento de águas interiores do estado de São Paulo com espécies indicadas; e incentivar as atividades pesqueiras, orientando-as e contribuindo para o melhoramento de suas técnicas e da mão-de-obra especializada.

Atualmente, os profissionais desenvolvem pesquisas sobre ecossistemas aquáticos, biologia e pesca de organismos marinhos e continentais, aquicultura de organismos marinhos e continentais, controle estatístico da produção pesqueira e tecnologia e aproveitamento integral de pescado, dentre outras ações científicas. A missão básica da instituição é o aperfeiçoamento da cadeia produtiva da pesca e da aquicultura.

A comemoração dos 41 anos de atividades será marcada com a conclusão das obras de modernização, restauração e instalação de várias estruturas físicas da instituição, incluindo laboratórios de pesquisa (biologia pesqueira, biologia aquática, bioensaio e patologia, análises físicas e químicas, microscopia de imagem, microbiologia, DNA e microcospia, além de almoxarifado químico e depósito de material biológico), auditório, biblioteca, área de pós-graduação e salas de administração, além da reforma geral da fachada de prédios. Segundo a diretora administrativa do instituto, Marta Martins, o valor total das obras é de R$ 1,2 milhão.

Em 2002, o Instituto foi reestruturado administrativamente e passou a ter a seguinte estrutura de pesquisa: Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do Agronegócio do Pescado Continental, Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do Agronegócio do Pescado Marinho (com núcleos de pesquisa em Cananéia e Ubatuba), Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Peixes Ornamentais.

Centro do Pescado Continental 

Sediado em São José do Rio Preto, o centro conta com nove pesquisadores em diversas áreas de pesquisa em aquicultura: manejo de criações; nutrição; reprodução; genética; patologia de peixes; criação de crustáceos; sustentabilidade ambiental; manejo de recursos hídricos; limnologia de viveiros e reservatórios; tecnologia de processamento de pescado; e sócio-economia.

A região Noroeste Paulista, onde o centro está localizado, é conhecida como região dos Grandes Lagos – está posicionada entre três rios de grande importância (Grande, Tietê e Paraná). Possui significativo potencial para o turismo rural, pesca amadora e, principalmente, aquicultura, em razão do clima propício, boa infraestrutura (abatedouros de peixes), fácil acesso a todas as regiões do Estado e razoável número de piscicultores em plena produção.

Segundo o diretor do centro, Nilton Eduardo Torres Rojas, as espécies (peixes redondos e tilápias) são criadas em viveiros escavados. A região possui mais de 1.470 propriedades com área de espelho d’água superior a 970 hectares. Já no sistema de tanque-rede, a principal espécie produzida é a tilápia, tanto em represas rurais como em reservatórios públicos. A produção em represas rurais envolve 900 unidades, com produtividade em torno de 100 kg/m3. Já a produção em reservatórios públicos envolve mais de 3.000 unidades, com produtividade de até 120 kg/m3.

Do Instituto de Pesca