Instituto de Artes da Unesp homenageia Schumann e Chopin em São Paulo

Festival com palestras e recitais vai de 13 a 24 de setembro, no câmpus da Barra Funda e no Parque da Água Branca

sex, 10/09/2010 - 12h15 | Do Portal do Governo

O 20º Festival Ritmo e Som, realizado pelo Instituto de Artes (IA), câmpus da Barra Funda, reproduzirá parte de suas atividades no Espaço Cultural Tattersal, no Parque da Água Branca (Zona Oeste de São Paulo). A programação inclui recitais, palestras sobre música, apresentações de pesquisas e aulas com especialistas renomados do Brasil e do exterior. As atividades são gratuitas, começam oficialmente nesta segunda-feira, 13, e vão até 24 de setembro, no câmpus. Haverá uma pré-abertura neste sábado e domingo, 11 e 12, com concertos no auditório do parque.

O tema deste ano são as obras de dois compositores da estética romântica – que surgiu na Europa, nas últimas décadas do século XVIII, e perdurou até meados do século XIX. Estarão em destaque o alemão Robert Schumann) e o polonês Frédéric Chopin – que fez sua carreira na França-, por causa da comemoração do bicentenário de nascimento desses artistas.

Uma exposição sobre Chopin que já percorreu diversas cidades brasileiras será instalada no instituto. Serão 32 objetos, entre fotografias, pinturas, desenhos, gravuras, partituras, documentos e pertences, cedidos pelo Instituto Fryderyk Chopin e pelo Museu Chopin, ambos de Varsóvia, na Polônia.

“O Ritmo e Som sempre teve como característica dialogar com a arte contemporânea, e, a partir desta edição, ele também passará a ser temático”, afirma a pianista Anna Cláudia Agazzi, professora do IA e uma das coordenadoras do evento. O festival foi idealizado em 1984 pela musicista e professora da Unesp Maria de Lourdes Sekeff Zampronha. Batizado inicialmente como Movimento Ritmo e Som, recebeu diversos prêmios por suas atividades de educação artístico-musical, com destaque para o Prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte).

Por conta da morte da educadora, o evento, que era bienal, deixou de ser realizado por quase quatro anos. Para recuperar o “tempo perdido”, haverá uma edição em 2011 sob o mote “Brasil-Itália”, e, a partir daí, a periodicidade voltará a ser de dois anos. Participam, também, da coordenação desta edição a professora Márcia Guimarães e o pesquisador José Eduardo Oliva Campos.

Além de levar arte e cultura à população, o festival também assume um caráter de congresso científico ao reunir pesquisas de todo o País sobre práticas interpretativas, que é um ramo de estudo em música. “A linguagem musical tem características próprias, o que faz com que a melhor forma de apresentá-la, muitas vezes, seja por meio da própria atividade musical, e não da escrita”, explica Anna Cláudia. Para ela, a peculiaridade ressalta a importância de eventos como esse para apresentação de trabalhos.

A organização do conteúdo, planejamento, criação de cartazes e outras formas de divulgação serão realizados com o auxílio de alunos do IA, alguns deles membros do Programa de Educação Tutorial em Música (PET-Música) e outros da Empresa Júnior AJA – Projetos Culturais. O festival tem o apoio da Pró-Reitoria de Extensão (Proex), da Embaixada da Polônia no Brasil e do Consulado da Polônia em São Paulo.

Outras informações e a programação completa do evento estão disponíveis no site oficial. Após o festival, outras atividades serão realizadas até outubro pelo IA, no Parque da Água Branca. A ação é parte de uma parceria com o Fundo de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo (Fussesp), órgão responsável pela manutenção do Espaço Cultural Tattersal.

Da Unesp