Instituto Biológico vai monitorar efeitos do uso de agrotóxicos na agricultura

Estudos irão contribuir para reduzir impactos da utilização de compostos químicos no ambiente e saúde pública

sex, 02/09/2016 - 13h49 | Do Portal do Governo

O Instituto Biológico (IB-APTA), instituição ligada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, recebeu R$ 2,25 milhões para início de pesquisas de monitoramento dos impactos da utilização de agrotóxicos na lavoura paulista. Os recursos são provenientes do Fundo de Interesses Difusos (FID), administrado pela Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania.

Os estudos devem durar três anos e vão monitorar os efeitos da aplicação de agrotóxicos nas diversas regiões do Estado. A primeira localidade a ser avaliada é o município de Brotas, cortado pelo rio Jacaré Pepira e próximo de lavouras do cultivo de cana-de-acúcar e laranja.

Amostras de solo, sedimentos, águas superficiais de rios e córregos e águas subterrâneas de poços artesianos serão recolhidas pelos pesquisadores do instituto e analisadas pelo Laboratório de Ecologia dos Agroquímicos do IB, em São Paulo.

As pesquisas irão contribuir para o planejamento do uso do solo para minimizar impactos ambientais, sem prejudicar a produtividade agrícola. Como explica a esquisadora do IB e coordenadora do projeto, Eliane Vieira, “o uso de agrotóxicos leva o aparecimento de resíduos em amostras ambientais. Diante desse fato e da periculosidade que apresentam à manutenção da biodiversidade, existe hoje a necessidade de se intensificarem estudos que possibilitem o monitoramento eficiente de áreas próximas à agricultura.”

Outro objetivo é prevenir problemas de saúde pública, em decorrência da contaminação do solo e rios pelo uso de compostos químicos na agricultura. As informações obtidas vão contribuir para a escolha mais eficaz e acessível de avaliação da qualidade das águas.

Em decorrência dos índices altos de produção agrícola, o Brasil é o país que mais aplica agrotóxicos no mundo, e, São Paulo, um dos estados que mais utiliza esses compostos químicos, por ser o segundo em ocupação do solo e uso da terra com agricultura, seguido do Estado do Paraná.

Do Portal do Governo do Estado