Instituto Biológico estuda fitoterápicos para tratamento de animais

O Centro de Pesquisa utiliza em suas pesquisas extratos de folhas frescas e secas de espécies nativas

sex, 06/02/2009 - 9h56 | Do Portal do Governo

Pesquisadores do Instituto Biológico, ligado à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (IB/Apta/SAA), têm estudando diferentes espécies de plantas de uso popular ou desconhecidas na busca de alívio para os problemas de sanidade animal, que influenciam diretamente a qualidade dos alimentos consumidos pela população.

O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Sanidade Animal do instituto utiliza principalmente extratos de folhas frescas e secas de espécies nativas ou exóticas adaptadas, que apresentam atividade antiviral testada in vitro contra doenças infecciosas causadas por herpesvírus 1 (causadores de doenças em bovinos e em suínos).

Estudos já foram realizados em diferentes biomas, como o do cerrado e pantanal. Foi observada atividade inibidora contra os herpesvírus em plantas como folhas secas de abacateiro, folhas frescas ou secas de café, folhas secas de murici-mirim e de gabiroba, entre outras. O efeito antiviral dos extratos foi verificado durante os estágios iniciais da infecção.

A pesquisadora Isabela Simoni ressalta que essas plantas são, por enquanto, apenas consideradas “promissoras” e que estudos ainda devem ser conduzidos sobre a natureza da atividade antes do emprego nas criações dos animais domésticos.

Embora o emprego de plantas no tratamento ou prevenção de várias doenças infecciosas seja feito há muito tempo pela população em geral com finalidade medicinal e as comunidades rurais também utilizem plantas para tratar doenças em animais, os estudos do IB vêm para atestar a segurança – ou não – dessas práticas.        

Isabela informa que uma das estratégias na busca de novos fármacos potencialmente úteis consiste em selecionar diferentes espécies de plantas de uso popular medicinal, aumentando as chances de se encontrar substâncias bioativas que possam ter importante atividade biológica, como os agentes antivirais. “Encontrar princípios ativos com propriedades antivirais em potencial em extratos de plantas selecionadas aleatoriamente, é muito difícil e oneroso”, explica.

Da Secretaria de Agricultura e Abastecimento