Instituto Agronômico estuda novas técnicas de pós-colheita

Serão realizadas pesquisas com frutas, hortaliças e plantas ornamentais

qui, 06/08/2009 - 11h00 | Do Portal do Governo

Foi inaugurado, em Jundiaí, o Laboratório de Tecnologia de Pós-Colheita de Frutas, Hortaliças e Plantas Ornamentais do Centro de Engenharia e Automação do Instituto Agronômico (CEA/IAC). A entrega das novas instalações fez parte das comemorações dos 40 anos do CEA, órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento.

O laboratório é destinado a pesquisas nas áreas de tecnologia, fisiologia e fitopatologia em pós-colheita de produtos agrícolas. A execução da obra teve apoio de R$ 400 mil da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) – esse abrange a reforma de galpão de 160 metros quadrados e a aquisição de equipamentos.

A importância da pós-colheita pode ser retratada em números. Nessa fase, as perdas podem atingir 30% ou mais da produção total. O índice é mais elevado nos países em desenvolvimento, como o Brasil, e as principais causas são a falta de mão-de-obra qualificada, a não adoção de técnicas adequadas durante a produção, colheita e manuseio pós-colheita e a incidência de pragas e doenças.

As novas instalações possibilitam a geração de ferramentas de fácil adoção pelo pequeno e médio produtor e também a implantação de tecnologias de ponta com vistas à exportação. O laboratório deverá apoiar o agronegócio desses produtos, altamente perecíveis, que necessitam de cuidados especiais até chegar ao consumidor. A qualidade e a vida útil de frutas, hortaliças e ornamentais está relacionada às etapas de manuseio, acondicionamento e transporte.

Segundo a pesquisadora Patrícia Cia, o laboratório fará, entre outros trabalhos, avaliação de índices de maturação, estudo da fisiologia do amadurecimento de frutos e caracterização do comportamento do amadurecimento e do potencial de conservação de novas variedades.

Atualmente, as pesquisas abrangem questões como perdas decorrentes de problemas na pós-colheita, suas alterações fisiológicas e a avaliação de embalagens. Esses trabalhos são financiados por agências de fomento, como a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o governo do Estado e o setor privado. 

Os estudos são realizados com frutas (goiaba, mamão, uva, pêssego, nectarina, ameixa, maçã, marmelo, abacaxi e lichia); hortaliças (alface, rúcula, agrião, brócolis, beterraba, batata, quiabo e morango); e plantas ornamentais (rosa, estrelítzia, helicônia, gérbera e folhagens). 

Para contribuir com o aumento da renda do produtor, também serão estudados aspectos do processamento mínimo de produtos.  O novo laboratório inclui ainda o estabelecimento de planos de orientação de manuseio dos produtos pós-colheita, tanto para o mercado interno como para as exportações.

Da Secretaria de Agricultura e Abastecimento