Os biólogos Daniel Garkauskas Ramos (mestrando) e Gabriel Zorello Laporta (doutorando) participaram do concurso Bolsa de Auxílio à Pesquisa Mapfre – USP 2008 e conquistaram o 1º lugar com projeto sobre diversidade de mosquitos no Vale do Ribeira.
O trabalho da dupla, orientada pela professora Maria Anice Mureb Sallum, docente do Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de São Paulo foi aprovado também pela Comissão de Pesquisas da instituição.
O evento para a entrega do prêmio, oferecido pela Fundación Mapfre da Espanha em parceria com a USP, foi realizado ontem (dia 11), na Faculdade de Saúde Pública da USP. Outros alunos selecionados também foram premiados.
A dupla de biólogos recebeu bolsa de R$ 10,2 mil e tem o prazo de um ano para concluir os estudos extracurriculares. O objetivo é analisar a distribuição da comunidade de mosquitos vetores e fazer previsões de risco da presença destas espécies, que pode infectar a população do Vale do Ribeira.
Mapas – Os dois estudantes explicam que na área preservada da Mata Atlântica do Vale do Ribeira existe expressiva diversidade de espécies de mosquitos. Nas regiões que sofreram desmatamento, persistem as variedades que podem veicular agentes infecciosos e se tornar pragas. Entretanto, mesmo em áreas não alteradas, há agentes infecciosos.
O estudo destacará locais preservados e desmatados para conhecer a distribuição espacial desses vetores. A dupla considera o estudo importante porque não existem mapas de distribuição das espécies de mosquitos de importância médica na região do Vale do Ribeira.
A proposta apresentada originou-se de estudos realizados de 1996 a 2000 no Núcleo de Pesquisa Taxonômica e Sistemática em Entomologia Médica, da FSP. Naquela época, os pesquisadores selecionaram dez pontos em Cananéia, Pariquera-Açu, Iguape e Ilha Comprida, cidades com alto risco de desenvolver epidemias.
Para estimar a distribuição de espécies potencialmente transmissoras de agentes infecciosos, Gabriel e Daniel empregarão variáveis climáticas e de vegetação. Esses mapas de distribuição dos mosquitos serão úteis para desenvolver estratégias de vigilância e controle, além de contribuir para o melhor entendimento da suas relações com o homem.
Da Agência Imprensa Oficial
