Inovações agrícolas para reeducandos de Ourinhos

Internos do Centro de Ressocialização recebem técnicas de olericultura

sex, 01/06/2007 - 9h01 | Do Portal do Governo

Internos do Centro de Ressocialização (CR) de Ourinhos participaram durante três dias de um curso denominado “Olericultura Básica”, que ensina o cultivo de hortaliças em ambiente protegido, ministrado pelo Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), em parceria com o Sindicato Rural de Ourinhos.

O projeto, desenvolvido em etapas e com carga horária de 24h, foi realizado entre os dias 21 e 23 de maio. As aulas práticas aconteceram no Parque Ecológico da cidade e outras pessoas da sociedade também participaram da turma juntamente com os nove presos, que cumprem pena no regime semi-aberto do CR.

Em Agronomia, a olericultura visa o estudo da agrotecnologia voltada para produção e comercialização de hortaliças, como tomate, batata, cebola, cenoura, pepino, alface, repolho e outras culturas oleráceas, importantes para a alimentação humana. Nesta etapa foi ensinado aos participantes o cultivo de tomate, alface e pimentão, por serem, segundo os professores, as hortaliças mais suscetíveis a pragas se cultivadas em ambiente aberto.

Os reeducandos escolhidos para participar do projeto já desenvolvem tarefas de jardinagem na prefeitura da cidade e foram dispensados do trabalho nos três dias de duração do curso. “É muito importante que esse tipo de projeto seja estendido aos reeducandos, para que tenham a oportunidade de conhecer algo que está surgindo de novo em cultivo de alimentos e talvez produzir, futuramente, alimentos para seu sustento e comercialização”, sugere a diretora do CR, Suely Gomes Ferreira.

“Outras vantagens do curso são: a qualificação de mão-de-obra, aprendizado, inserção social no mercado de trabalho, preservação do meio ambiente – pois é uma cultura sem o uso de agrotóxicos – além de permitir geração de renda para o reeducando”, enumera o professor do Senar, Fredman Carlos de morais.

O curso é todo apostilado, com orientações passo-a-passo de cada tarefa a ser executada, com técnicas e segredos da olericultura. Outra vantagem é que, além de ser reonhecido pelo MEC, todos os participantes recebem certificado de conclusão e podem ficar com as apostilas para tirarem dúvidas posteriores, quando já estiverem colocando em prática aquilo que aprenderam nas aulas. Os reeducandos aprovaram a iniciativa: “Sentimos realmente que fomos bem aceitos e que também superamos o que esperavam de nós”, afirmou um dos internos participantes.

Da Assessoria de Imprensa da Secretaria da Administração Penitenciária

(R.A.)