Infraestrutura rodoviária: estradas paulistas têm padrão internacional

Estudo destaca rodovias paulistas como as melhores do Brasil; investimentos feitos pelo governo paulista são bem avaliados

qua, 14/12/2016 - 10h01 | Do Portal do Governo

Basta uma visita ao Estado de São Paulo para comprovar: as melhores estradas do País estão aqui. A boa fama paulista é ratificada pelas pesquisas de opinião e pelos estudos realizados por instituições.

Um dos mais recentes é o da consultoria Bain&Company, no qual pesquisadores debruçaram-se sobre dados da malha rodoviária brasileira, analisando o investimento nacional nas autoestradas, as concessões e fazendo comparações entre Brasil, Estados Unidos e alguns países da Europa.

Intitulado “Infraestrutura Rodoviária no Brasil: Para Onde Vamos”, o estudo de 2016 mostrou, por exemplo, como a infraestrutura rodoviária no Brasil está aquém do desejável, se compararmos à situação de países geograficamente semelhantes, como Estados Unidos e a China. E que os investimentos feitos nos últimos anos deveriam ter rendido ao País “muitos milhares de quilômetros de autoestradas”, fato que não aconteceu, ainda segundo estudo, devido à crise econômica e política.

São Paulo mostra-se uma exceção à regra. “É louvável ver, em anos mais recentes, a continuada preocupação do Estado com a infraestrutura viária”, opina Fernando Martins, sócio da Bain&Company e um dos autores do texto. Ele completa: “Notamos que as rodovias duplicadas continuaram sendo construídas. Bons exemplos disso são os trechos Leste e Norte do Rodoanel, o trecho de planalto da Tamoios, o trecho litoral da Tamoios, trechos da Rodovia do Açúcar, e vários outros pelo Estado adentro”.

Dos 14 mil quilômetros de autoestradas brasileiras, 6 mil estão em São Paulo. De acordo com o estudo, o Estado assistiu nos últimos três anos não só ao “desenvolvimento mais célere de sua malha que qualquer um dos outros países ou estados, como logrou ultrapassar em densidade o estado da Califórnia ou mesmo a França”. Para os autores, já em 2013, “São Paulo possuía uma malha de autoestradas que em nada fica a dever aos benchmarks internacionais”.

Para o secretário de Logística e Transportes, Alberto Macedo, tal relevância deve-se muito ao fato de as estradas “transportarem a maior parte da produção industrial e agrícola do País”. Além dos já conhecidos impactos positivos, como melhora das vias e mais mobilidade aos usuários, o secretário destaca que os investimentos em estradas geram “empregos diretos e indiretos e renda. Precisamos lembrar que a economia do nosso País depende das rodovias”.

Investimentos constantes
A cultura paulista de investir em estradas é antiga. O levantamento aponta que “pelo menos, desde o século passado (…), São Paulo tem inaugurado importantes trechos de forma consistente, independentemente de ciclos políticos ou econômicos”. Esse fato é um dos pontos de maior contraste entre São Paulo e o resto do Brasil.

“São Paulo tem demonstrado capacidade em realizar investimentos nos transportes (seja com recursos públicos ou privados) com melhor constância, cadência e montantes. Houve anos na última década em que o Estado sozinho investiu mais em transportes do que todo o resto do País somado. Isso diz muito sobre a preocupação e o foco do Estado”, completa Martins, da Bain & Company.

Concessões
O processo de concessões no Brasil é pautado, ao longo dos anos, por avanços e recuos. Os autores do estudo entendem as concessões como “vantajosas porque atraem capital privado para obras públicas, libertando os recursos financeiros do Estado para atividades mais prementes”.

Para o secretário Alberto Macedo, “o programa de Concessão de Rodovias de São Paulo é um caso de extremo sucesso, com resultados excelentes e com ampla aprovação da população”. Desde 1998, rememora Macedo, “quando o São Paulo lançou o programa de concessão, mais de US$ 32 bilhões foram investidos”. Ele atualiza os dados. “Nos últimos dois anos [2015 e 2016], o DER [Departamento de Estradas de Rodagem] concluiu 90 obras, com valor total de R$ 2,5 bilhões. Hoje, outras 32 obras estão em andamento – com investimento de R$ 2,1 bilhões”.

Além dos investimentos citados pelo secretário, o Governo no Estado mostrou, mais uma vez, o porquê de estar na vanguarda. No dia 4 de novembro, o governador Geraldo Alckmin assinou decreto que regulamenta um novo modelo de concessão para a gestão das rodovias paulistas. Alinhado às práticas internacionais, o formato prevê pedágio variável, de acordo com trecho e horário. O modelo é inédito no Brasil.

Fernando Martins, da Bain&Company, avalia a iniciativa como “uma evolução. O pedágio variável pode transformar o uso da estrada em uma experiência mais justa para o usuário, regular a demanda e minimizar picos e vales de utilização. Isso é feito, por exemplo, no pedágio urbano aplicado em Londres e Singapura”.

Do Portal do Governo do Estado