Índice IEA: produtos de origem vegetal puxam preços para baixo

Os produtos de origem vegetal (IqPR-V) puxaram para baixo o Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR) elaborado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA), órgão da Secretaria Estadual […]

sex, 22/06/2007 - 14h10 | Do Portal do Governo

Os produtos de origem vegetal (IqPR-V) puxaram para baixo o Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR) elaborado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA), órgão da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento, que caiu 1,90% na segunda quadrissemana de junho. Os vegetais tiveram variação negativa de 3,81%, enquanto os de origem animal (IqPR-A) ficaram 2,05% maiores.

Ao todo, 13 produtos apresentaram alta de preços – sete de origem vegetal e seis de origem animal, e cinco sofreram redução (todos do segmento vegetal). “A evolução negativa do indicador global reflete a expressiva redução dos preços da cana-de-açúcar, produto que representa um terço do valor da produção agropecuária paulista”, informa o IEA, a exemplo do que já ocorreu no período anterior.

Os preços da cana-de-açúcar caíram 7,53% devido ao recuo das cotações do açúcar no mercado internacional (acirrado pelo câmbio em valorização) e à queda nos preços do álcool e do açúcar no mercado interno. “Ocorre que o preço da cana-de-açúcar é função dos preços dos produtos finais produzidos por essa matéria-prima, bem como do aumento da oferta do produto nesse período de safra, além do bom nível do estoque de álcool nas usinas”, complementa o material do IEA.

O resultado do IqPR torna-se positivo, passando para 0,96%, conforme conclusão do levantamento, quando se desconsidera a cana, justamente pela grande participação que ela tem na ponderação do índice, mas o IqPR-V ainda continua negativo em 0,10%.

Embora esteja se verificando variações negativas do IqPR nas sete últimas quadrissemanas, ocorre uma desaceleração na queda dos preços. “No caso dos produtos de origem animal, nas duas primeiras quadrissemanas de junho essa variação é positiva, com a recuperação do índice em 4,45 pontos percentuais em relação ao mês de maio”, explica o instituto.

Dentre os produtos que tiveram queda estão a banana nanica (15,49%), bem ofertada no mercado, mas que nas próximas quadrissemanas não deve cair de forma acentuada. O algodão foi afetado em -7,70% pela valorização da moeda brasileira.

As maiores altas de preços entre os vegetais foram do feijão (38,30%), leite tipo C (6,66%), ovos (5,49%) e o leite B (5,26%). Já as commodities com preços internacionais em alta são as pressionadas pela demanda adicional para biocombustíveis: milho para etanol (+2,94%) e soja para biodiesel (+2,88%).

No caso do feijão, o produto é mais valorizado neste momento de nova safra, devido à procura por parte do consumidor. Também a transição entre as safras das águas e da seca explica o aumento nos preços. O leite teve oferta reduzida por fatores climáticos, que prejudicaram as pastagens.

O IEA faz cotações diárias de preços. As variações são obtidas comparando-se os preços médios das quatro últimas semanas (referência) aos preços médios das quatro primeiras semanas (base), sendo a referência atual o período entre 16 de maio e 15 de junho e, a base, de 16 de abril a 15 de maio. Para mais informações, visite http://www.iea.sp.gov.br.

Da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento