Índice de preços da agropecuária paulista tem alta de 0,08%

Alta foi puxada pelo índice de produtos de origem animal, que aumentou cerca de 1%

ter, 26/01/2010 - 20h00 | Do Portal do Governo

O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR), que mede os preços pagos ao produtor, subiu 0,08% na segunda quadrissemana de janeiro de 2010, segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. A alta foi puxada pelo índice de produtos de origem animal, que aumentou 1,08%, já que o índice de produtos de origem vegetal apresentou variação negativa de 0,32%.

As quedas mais expressivas ocorreram nos preços do tomate para mesa (34,90%); da banana nanica (17,34%); da batata (15,27%); do feijão (12,64%); do amendoim (7,96%) e do leite tipo C (4,56%). A recuperação da produção levou os preços do tomate e da batata a níveis mais compatíveis com seus padrões normais de variação sazonal, dizem os pesquisadores Eder Pinatti, José Alberto Ângelo, José Sidnei Gonçalves e Luis Henrique Perez.

Já a primavera quente e excepcionalmente úmida favoreceu a formação dos cachos de banana, explicam os analistas do IEA. Isso levou ao aumento da oferta do produto em período de maior entrada de frutas no mercado, com grande concorrência entre elas e conseqüente redução de preços, aliado ao menor consumo devido ao início das férias escolares.

Os preços do feijão atingiram níveis desestimulantes aos produtores, podendo refletir em queda da área plantada para a safra de inverno. No caso do leite, a entrada no período de safra (melhoria das pastagens, isto é, mais alimento para os animais), resultou em aumento da produção, com reflexos sobre os preços.

As altas mais significativas foram verificadas nos preços da carne suína (8,73%); dos ovos (8,19%); do algodão (4,94%); da laranja para mesa (3,27%) e da cana-de-açúcar (2,69%). As cotações da carne suína e dos ovos, depois de atingir um dos níveis mais baixos dos últimos meses, iniciaram reação de alta, em função de aquecimento da demanda de final de ano, observam os autores da análise.

Quanto à laranja de mesa, a ocorrência da entrada do verão elevou o consumo de sucos, o que tem impacto nas cotações no sentido da recuperação.

Da Apta