Índice de acidente cai 3% no feriado da Consciência Negra nas estradas estaduais

Secretaria dos Transportes estima queda de 2,2% no índice de vítimas feridas

seg, 23/11/2009 - 9h00 | Do Portal do Governo

O índice de acidentes nas estradas paulistas, cálculo feito com base nos números de acidentes, veículos em circulação e período, caiu 3% neste feriado de dia da Consciência Negra em comparação ao feriado do ano anterior. O índice de acidentes (IA) do último feriado foi de 0,96, contra 0,99 em 2008.

Para esclarecer melhor, o índice de acidentes (IA) não é o número absoluto de acidentes nas estradas. Ele é calculado levando-se em consideração, além dos dados quantitativos, a extensão das rodovias, o volume diário médio de veículos (VDM) nas estradas e o período analisado. Essa metodologia, que começou a ser discutida no Brasil na década de 1970, é necessária para que haja uma comparação tecnicamente correta, já que há vários fatores que determinam se o final de semana foi mais ou menos violento. No caso do feriado de dia da Consciência Negra, o índice é útil para que se possa fazer uma comparação entre 2008, quando o feriado foi de quatro dias, e 2009, quando o feriado foi de três dias.

O índice de vítimas fatais, nos 22 mil quilômetros de estradas estaduais, registrou um aumento de 3,11, para 3,36, de uma operação para outra, um acréscimo de cerca de 8%. O índice de vítimas feridas diminuiu de 55 para 53,8, de um ano para o outro, uma queda de 2,2%. Neste feriado, em números absolutos foram registrados 1.061 acidentes, 37 mortos e 593 feridos.

Reforço nos recursos operacionais e fiscalização mais rigorosa

Várias medidas para manter as estradas seguras foram realizadas pelo DER, Polícia Rodoviária Estadual, Dersa e concessionárias na chamada Operação Consciência Negra. O esforço mútuo do Departamento de Estradas de Rodagem – DER, Dersa Desenvolvimento Rodoviário, de treze concessionárias de estradas, que envolveu 2.200 profissionais, além de 4 mil homens do Policiamento Rodoviário, órgão especializado da Polícia Militar do Estado, foi primordial para o sucesso da Operação. Esse aparato teve ainda o apoio de outros órgãos da Polícia Militar, incluindo as unidades de policiamento de área da região de São José dos Campos e de Santos, os Comandos de Policiamento da Capital e Metropolitano, o 1º Batalhão de Polícia de Choque (ROTA – Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), o 2º Batalhão de Polícia de Choque e o Grupamento de Radiopatrulha Aérea e batalhões que atuam nas cidades às margens das rodovias.

Em relação à fiscalização por parte dos policiais militares rodoviários nas estradas paulistas, houve intensificação no controle rígido de alcoolemia, de velocidade e na fiscalização de motocicletas, além de outros enfoques abrangidos durante a abordagem de veículos e motoristas. Foram lavradas 13.699 autuações por infrações de trânsito diversas em todo o Estado, sendo apreendidos 759 veículos, 230 carteiras de habilitação e 2120 documentos de veículos por irregularidades. Quanto às questões de controle de alcoolemia, foram registrados 49 casos de embriaguez, um aumento de 44% em relação ao feriado de 2008. Já no aspecto da prevenção e repressão criminal, foram apreendidos, também nas estradas paulistas, 323 gramas de cocaína, 962 kg de maconha e 11,4 kg de outras drogas como crack, LSD e êxtase. 

Histórico e fórmula do índice

Os primeiros estudos para uma metodologia que pudesse efetivamente comparar os resultados de acidentes, baseando-se em quilômetros rodados, veículos em trânsito e acidentes, começaram em 1940 nos Estados Unidos e Europa. Em 1956, os estados americanos de Dakota do Sul, Virgínia e Texas começaram a usar esse tipo de índice. Internacionalmente, o índice é conhecido como “Accident rate method”. Além dos Estados Unidos, outros países como Áustria, Dinamarca, França e Alemanha adotam índices semelhantes. No Brasil, a metodologia começou a ser discutida em 1974. Desde 2005, o Departamento de Estrada e Rodagem vem aprimorando o índice, inclusive com a ampliação e melhoramento dos equipamentos de contagem de veículos, possibilitando a divulgação precisa nos últimos anos.

Da Secretaria dos Transportes