Incor bate recorde de transplantes de coração e pulmão no Estado de SP

Em 2007, instituto realizou 34 cirurgias de alta complexidade; volume ainda está abaixo da capacidade atual de operações

dom, 02/03/2008 - 11h26 | Do Portal do Governo

Em 2007, o Instituto do Coração do Hospital das Clínicas (Incor) realizou 18 transplantes de coração e 16 de pulmão. Esses números fazem do centro de saúde paulistano o maior transplantador desses dois tipos de órgãos no Estado de São Paulo. O transplante é uma cirurgia complexa e envolve uma equipe multidisciplinar de cardiologistas, pneumologistas e mais de 50 profissionais.

Na terça-feira passada, o professor Noedir Stolf, diretor-presidente do Incor, recebeu o prêmio Destaque Transplantes e Captação de Órgãos 2008, em solenidade realizada na Secretaria Estadual da Saúde, na capital. A premiação valoriza o trabalho de hospitais, equipes médicas e organizações de procura de órgãos para possibilitar transplantes.

Ao ser indicado para o transplante, o paciente passa a ser acompanhado pela equipe do Incor em todas as etapas do processo, que incluem a operação, o pós-operatório e o monitoramento clínico do transplantado até o fim de sua vida. Para realizar estas tarefas, o instituto dispõe de infra-estrutura complexa, com centro cirúrgico, unidades de terapia intensiva (UTIs) e enfermarias de alta especialização.

Ao longo de seus 31 anos de existência, o Incor fez mais de 400 transplantes cardíacos em adultos e crianças. Em 2000 reativou seu programa de transplante de pulmão e, desde então, fez 73 cirurgias em adultos, mais de 50 delas do tipo bilateral (com dois pulmões ao mesmo tempo).

Pioneirismo – Em 1968, a equipe liderada pelo professor Euryclides de Jesus Zerbini, um dos fundadores do instituto, realizou o primeiro transplante cardíaco do País e o segundo do mundo. O pioneirismo dos cardiologistas e cirurgiões do Incor permitiu, também, o desenvolvimento, em 1993, do primeiro coração artificial do Brasil. O dispositivo é utilizado em pacientes do Incor para mantê-los em condições de vida até que surja um órgão compatível para transplante. Nos próximos anos, o Incor lançará versão do equipamento para pacientes infantis.

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(S.M.)