Presidente da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo foi reconduzido ao cargo durante XX Encontro da Abio
O presidente da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, jornalista Sérgio Kobayashi, foi reeleito por unanimidade nesta quinta-feira, dia 19, presidente da Associação Brasileira de Imprensas Oficiais (Abio) para o biênio 2000-2001. A reeleição foi durante o XX Encontro da entidade, que está sendo realizado na capital paulista. A entidade terá como vice-presidente, Eugenio Buery, atual Secretário da Comunicação do Estado do Espírito Santo (DIO).
Fundada em 1947, a Abio congrega 23 imprensas oficiais de todos os Estados, e também a Imprensa Nacional e Secretaria de Serviços Editoriais do Senado Federal. A missão da entidade, além de defender os interesses institucionais de suas associadas, como no caso da manutenção da publicidade legal, que garante a sobrevivência econômica dessas empresas e esteve ameaçada por dispositivos que eliminavam essa exigência da Lei das S.A.
As imprensas oficiais, cuja missão primordial é publicar o Diário Oficial em seus Estados, têm-se tornado importante instrumento em defesa dos interesses da sociedade, já que em suas páginas estão o registro e a perenização de todos os atos oficiais, que só depois de publicados adquirem caráter legal, como manda a legislação brasileira.
Na gestão de Sérgio Kobayashi, a Abio consolidou-se como instituição nacional, atuando principalmente na área de treinamento de pessoal por meio da realização de cursos técnicos para os funcionários de suas filiadas, por exemplo, nas áreas jurídica, de impressão e recursos humanos.
Nos últimos dois anos, intensificou-se também o intercâmbio de tecnologia entre as empresas. Kobayashi afirma que vai continuar esse trabalho, buscando a inserção cada vez maior delas na rede mundial de computadores – a internet. Hoje, todas as imprensas oficiais já estão conectadas ou em processo de informatização de suas operações. A Imprensa Oficial de São Paulo, por exemplo, já é uma empresa totalmente informatizada, e todas as suas páginas diárias do Diário Oficial (1.300, em média) podem ser consultadas eletronicamente.
O processo de modernização pelos quais essas empresas públicas vêm passando chama atenção. Elas deixaram de ter um produto único – o Diário Oficial. Hoje quase todas editam livros na condição de parceiras de editoras universitárias, o que as torna agentes imprescindíveis na divulgação da cultura. A meta editorial da Imprensa Oficial de São Paulo para este ano, por exemplo, prevê a publicação de 420 títulos, sendo 120 deles junto com parceiras universitárias e 300 comerciais. Além disso, a empresa edita o DO Leitura, revista mensal de cultura que hoje é uma referência nacional, e a revista Saber, que se ocupa da produção das editoras universitárias e circula entre os professores das instituições de ensino superior, bibliotecas públicas, centros de pesquisa, centros de cultura, agências científicas e autoridades.
A Companhia Editora de Pernambuco, no começo do ano, deu à luz a revista Continente Multicultural, endereçada ao mundo intelectual brasileiro; no Sul, a Companhia Riograndense de Artes Gráficas (Corag), junto com o Instituto Estadual do Livro, estão editando a revista Vox, dedicada à literatura; A Imprensa Oficial do Paraná reeditou a revista Joaquim, fundada e dirigida pelo escritor Dalton Trevisan, também sobre literatura e que circulou entre 1946 e 1948.
Outras empresas também estão inseridas no mundo cultural brasileiro, como a Superintendência de Imprensa e Editora, que imprime o Diário Oficial da Paraíba, vem prestando inestimável serviço à cultura paraibana com a publicação da Coleção Série Histórica – Nomes do Século, que reproduz a biografia de personalidades paraibanas. A Fundação José Augusto e a Imprensa Oficial do Rio Grande do Norte editam o jornal O Galo, porta-voz da mais autêntica cultura potiguar. Na área federal, esse trabalho vem sendo feito pela Secretaria Especial de Editoração e Publicações, do Senado Federal, que nos últimos três anos publicou mais de 50 títulos e cinco coleções – Biblioteca Básica Brasileira, Memória Brasileira, Brasil 500 Anos, O Brasil Visto por Estrangeiros e Clássicos da Política.
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