Imprensa Oficial do Estado de São Paulo fecha ano 2000 com lucro

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ter, 02/01/2001 - 12h16 | Do Portal do Governo

Incluída entre as raras empresas públicas lucrativas, a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo (Imesp), fechou o ano 2000 em alta. Modernizou o parque gráfico, informatizou as operações editoriais, reforçou a relação com as universidades públicas com as quais editou mais 380 títulos e ganhou vários prêmios editoriais e, desde junho, ostenta o título de empresa – cidadã. O programa social da empresa já rendeu mais de R$ 2 milhões desde 97 para quatro entidades beneficentes.

Terminado o ano, feitas as contas, a Imesp fecha o ano comemorando resultados bastante expressivos, tanto econômicos quanto institucionais. Além de atingir um lucro estimado de R$ 14 milhões, avançou significativamente no caminho para consolidar a posição de destaque entre as indústrias gráficas mais importantes da América Latina. Empresa de economia mista controlada basicamente pelo Estado, desde janeiro de 1995, a direção da empresa vem investindo em recursos humanos e tecnológicos para inserir a Imprensa Oficial num novo ambiente econômico que, no caso da indústria gráfica e editorial, requer alto padrão de qualidade, preços e prazos reduzidos, credibilidade e segurança.

‘Hoje, a Imprensa Oficial já não tem mais os resquícios da maioria das empresas públicas e se pauta por padrões tecnológicos internacionais e programas de qualidade equivalentes aos aplicados nas empresas multinacionais’, explica o jornalista Sérgio Kobayashi, diretor-presidente da empresa nos últimos seis anos. Para chegar à posição de ‘empresa pública que dá lucro’ foi necessária uma mudança profunda nos métodos gerenciais e administrativos, aliados a um grande esforço político para reorientar os objetivos da empresa.

Produtos

Até 1994, a Imprensa Oficial, criada em 1891, tinha como meta principal publicar o Diário Oficial do Estado. Desde então, o jornal, que hoje é maior de todo o mundo ocidental em número de páginas (uma média de 1.300 por dia), passou a ser um dos produtos da empresa. A diversificação veio junto com a reorganização administrativa, que reduziu o número de funcionários de 1.400 para mil. Ao mesmo tempo, a rentabilidade por funcionário quase dobrou, aumentando de R$ 58 mil/ano em 1994 para mais de R$ 100 mil/ano em 2000. Tal rentabilidade associada à redução de custos e a lucros consecutivos possibilitaram à Imprensa Oficial uma série de iniciativas que alargaram sua base de negócios, sem contudo, abandonar o Diário Oficial do Estado. O jornal está com todas as suas operações informatizadas. Publica diariamente todos atos do Legislativo, do Executivo e do Judiciário de graça e mais de 95% de seu conteúdo pode ser consultado pela internet (www.imprensaoficial.com.br). Redefinidos os objetivos e resolvidas as principais pendências gerenciais, a Imprensa Oficial pôde, então, lançar-se em campos que até pouco tempo eram inteiramente dominados pela iniciativa privada.

No campo editorial, por exemplo, a empresa já compete em preço, qualidade e prazos com as mais modernas gráficas brasileiras. Isso sem contar com os prêmios que vem recebendo com freqüência. Dois de seus últimos quatro calendários foram premiados pela Printing Industries of America – a mais importante e respeitada entidade da indústria gráfica de todo o mundo.

Em termos internacionais, a empresa é a terceira gráfica estatal em produção do mundo ocidental, atrás somente da gráfica do Vaticano e da imprensa do Congresso dos Estados Unidos. Desde 1995, a Imprensa Oficial co-edita livros com diversas editoras universitárias, entre elas, a da USP, a da Unicamp, do Arquivo do Estado, da Unesp, da Universidade de Brasília. Além de economicamente compensadora, esse intercâmbio de experiências editorial e gráfica já rendeu 17 prêmios Jabuti, concedido anualmente pela Câmara Brasileira do Livro (CBL).

Neste fim de ano, a relação cresceu com os acordos feitos com a Editora da Universidade Sagrado Coração (Edusc), de Bauru, Funarte, Instituto Camões, Instituto Itaú Cultural, Sociarte, Instituto Lina Bo e P.M. Bardi, Editora da PUC/SP (Educ), Escola Paulista da Magistratura, Ministério Público do Estado de São Paulo, entre outros.

Foram essas parcerias, aliás, que resultaram na apresentação conjunta de quase meia centena de editoras universitárias, pela primeira vez e num único estande, na 16ª Bienal Internacional do Livro 2000, de São Paulo. Desde então, com a visibilidade proporcionada por essa exposição, cresceu o intercâmbio não só entre a Imprensa Oficial e as editoras universitárias, unidas para publicar obras de interesse que, devido a especificidades próprias, dificilmente seriam publicadas por empresas privadas, já que são em geral norteadas mais pelo lucro do que por critérios editoriais e/ou culturais e educativos.

Neste ano, a Imprensa Oficial co-editou mais de 50 títulos, entre eles a Coleção Uspiana Brasil 500 Anos, com 12 volumes, dos quais oito foram lançados este ano, entre eles Imagens de Vilas e Cidades do Brasil Colonial, A Travessia da Calunga Grande, A Plumária Indígena Brasileira, e Guia de Museus Brasileiros.
Atuando como gráfica, produziu 330 títulos para dezenas de editoras, órgãos e empresas municipais, estaduais e federais.

Tal volume corresponde a uma média de um novo título a cada dia e meio, o que coloca a Imprensa Oficial na posição de destaque em que se encontra. Em 2001, a empresa pretende co-editar 120 títulos, todos eles relacionados à arte, história, patrimônio histórico, educação ou outros temas com os quais a Imprensa Oficial se sente comprometida e obrigada por considerar que incentivar a educação e a cultura são também deveres do Estado.

Empresa cidadã

Hoje em dia, às empresas modernas não basta somente ser tecnologicamente avançada e distribuir dividendos entre seus funcionários. Ela também precisa atuar socialmente. O programa da Imprensa Oficial em parceria com o Fundo Social de Solidariedade do Estado foi distinguido entre centenas de iniciativas com o troféu Top Social, da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing (ADVB).

A renda obtida com a venda de material inservível (aparas de papel, restos de filmes, etc.) é revertida para a Fundação Antonio Prudente (Hospital do Câncer), Fundação Dorina Nowill Para Cegos, Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) e Associação Lar Escola São Francisco. Desde seu início, em abril de 1997 até novembro deste ano, o programa já gerou R$ 2.072.668,56 para as quatro instituições beneficentes.