A primeira edição do Diário Oficial do Estado de São Paulo, circulou em 1º de maio de 1891, logo após a nomeação de Américo Brasiliense, seu criador, para o governo do Estado.
Por meio do Decreto nº 162, de 28 de abril daquele ano, o Diário Oficial inicia sua existência em uma época agitada e em meio às grandes mudanças nacionais ocasionadas pela Proclamação da República.
É o órgão oficial do Estado no início de um tempo novo, que vai conter em suas páginas o reflexo, em São Paulo, da grande alteração no rumo político de um Brasil que passara recentemente do regime imperial a um governo para o cidadão e com o cidadão. É disso que o Diário Oficial principia a ser testemunha e guardião, em São Paulo, cumprindo uma função que, a despeito das inúmeras alterações que continuaram mudando a face do País no transcorrer desses 110 anos, o jornal vem mantendo até hoje diante de fatos sociais e políticos.
O começo foi modesto. O jornal era impresso na pequena gráfica Diniz & Sol, no Largo 7 de Setembro, hoje integrado à Praça João Mendes. Funcionava em condições bem precárias. Mas os políticos usavam parte de suas páginas como tribuna para discussão em torno das eleições do Congresso. A par do uso político desse espaço, havia ainda o noticiário geral, divulgado pelo Executivo. Atendendo ao regulamento do jornal, nesse noticiário deviam constar “escritos originais ou vertidos sobre ciências, artes, indústrias, especialmente a agrícola, viação, colonização e outros assuntos de interesse público”. Esse noticiário foi excluído da publicação no final do Governo Paulo Egydio Martins, em 1978. Em 2000, o noticiário foi retomado sob a forma de sinopse das matérias legais constantes da própria edição.
Informatização
O Diário Oficial cresceu no ritmo de São Paulo. Imprime hoje mais de 1.300 páginas por dia em seus nove cadernos. Poderia deixar, assim, sua marca no livro Guiness como o maior jornal diário do mundo em número de páginas. Consome 600 toneladas de papel de imprensa por mês, um recorde que impressiona, principalmente pelas freqüentes crises de papel de imprensa no mercado mundial. Para minimizar os efeitos desse consumo, a atual diretoria da Imprensa Oficial investiu aproximadamente US$ 3 milhões na informatização do jornal, a fim de criar condições para colocá-la à disposição do público. Com o Diário Oficial 100% informatizado, o site da empresa atende em média 15 mil consultas/dia. O serviço de microfilmagem e digitalização, destinado ao público em geral, coloca à disposição de seus consulentes, por meio de microfichas, toda a história administrativa do Estado de São Paulo nos Diários Oficiais publicados a partir de 1891.
As instalações da Imprensa Oficial ocupam uma área construída de 23 mil metros quadrados, com moderníssimo parque gráfico, capacitado a atender a todo tipo de impresso necessário à Administração Direta e Indireta. Para Secretarias de Estado, autarquias, empresas públicas, prefeituras, câmaras, universidades e órgãos federais e municipais, são impressos desde simples cartazes até documentos de segurança máxima, como cupons de pedágio, vale-transporte, tíquetes de leite, cédulas eleitorais, diplomas e provas de concursos públicos de vestibulares.
Perto de mil funcionários em atividade diuturna garantem aos clientes um atendimento diferenciado, com presteza indispensável ao Estado que representa.
Apontada pela imprensa especializada como uma das principais empresas da área gráfica e editorial, classificada entre as primeiras em capitalização e liquidez e, também, em rentabilidade e outros indicadores econômicos, a Imprensa Oficial do Estado serve de modelo às demais imprensas do País.
Reconhecimento e prêmios
Em 1995, recebeu os prêmios “Melhor Empresa da Região Sul”, “Melhor Empresa do Estado de São Paulo” e “Melhor Empresa do Setor de Comunicação no Brasil”, conferidos pelo Instituto Miguel Calmon, da Bahia, entidade criada em 1980 por Associações Comerciais e Empresariais.
Outros reconhecimentos e premiações a seus produtos, como o The Premier Print Awards, da Printing Industries of America, recebido dois anos consecutivos (1997-1998), pela criação e confecção de seu Calendário; o VII Prêmio Fernando Pini de Excelência Gráfica, por seu calendário de parede; o Prêmio de Qualidade e Produtividade do Registro Mercantil – Troféu Ouro – Edição 97; o Prêmio Clio de História 22º Ano; o 12º Troféu HQ Mix- Os Melhores de 1999; o Top Social, outorgado pela ADVB, além do Colar do Centenário do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo – IHGSP, recebido em janeiro de 2001, somados aos 17 Prêmios Jabuti conquistados por livros editados, são a confirmação de que, alcançados os 110 anos de sua existência, a empresa atingiu uma honrosa maturidade. E também a constatação de que, atenta e fiel ao lema escolhido pela sua atual diretoria, prossegue mantendo, em todo o tempo e em todas as circunstâncias, o seu “Serviço Público de Qualidade”.
Compromisso com a Cultura e a Qualidade
A Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, a partir de sua fundação, em 1891, cresceu com a Cidade, renovou-se com ela. E há poucos anos entrou na modernidade. Além de sua função de publicar os atos e o expediente do Governo, bem como das diversas repartições do Estado, tornou-se a grande divulgadora de obras que, até mesmo por serem de temática excepcional, só o Estado ousa editar. Cumpre, assim, papel único para a historiografia, a memória, a literatura especializada sobre o Brasil e, de modo particular, São Paulo.
Recebeu, por essas atividades, inúmeras premiações, que são, ao fim de tudo, o reconhecimento público e institucional de que a empresa, nos seus 110 anos, está no rumo certo. Sempre com a assinatura ‘Serviço Público de Qualidade’, voltado ao bem e à grandeza de São Paulo e do Brasil.
