II Kizomba na CASA mostra a força e a alegria de ser negro

Até a quinta-feira o evento contará com uma série de apresentações culturais e artísticas

ter, 25/11/2008 - 19h23 | Do Portal do Governo

A II Kizomba na CASA agita funcionários e adolescentes no auditório da sede da Fundação desde a segunda-feira, 24. O evento, que celebra o Dia da Consciência Negra, vai acontecer até quarta-feira, 26. Além da festa, há uma Mostra Cultural com diversos trabalhos artísticos alusivos à cultura africana.

No primeiro dia do evento, na segunda-feira, 24, houve apresentações de teatro com temática racial, capoeira, coral e dança com a Boneca de Piche. Todos os espetáculos buscam a conscientização sobre a luta contra o preconceito e também revelam a força e a alegria de ser negro. A presidente da Fundação CASA, Berenice Giannella, esteve na abertura do evento e acompanhou diversas apresentações.

“Todos estão de parabéns. Os meninos, os funcionários e todos que ajudaram na realização da festa. É muito importante a conscientização e reflexão sobre a questão étnico-racial”, disse Berenice Giannella.

Uma das apresentações que levou a todos às gargalhadas, mas que demonstrou o preconceito existente na sociedade, foi uma apresentação de teatro de jovens da UI Abaeté (Brás). Eles encenaram uma peça de Luis Fernando Veríssimo entitulada “O assalto”. “Apesar de engraçado, ficou bem claro para todos que um rapaz foi acusado de assalto apenas por ser negro. É essa a reflexão que queremos destacar”, disse Penha Lucia Valério Ramos, coordenadora do Comitê Institucional Quesito Cor.

Para um interno da UI Abaeté, que participou da apresentação de um poema gritado sobre a luta e a força de Zumbi dos Palmares, o estudo e a preparação do espetáculo mostraram a ele uma outra realidade. “Eu sempre soube que minha cor era parda. Depois do trabalho que desenvolvemos na unidade, aprendi que sou da raça negra”, disse o adolescente.

Até a quinta-feira, 26, a II Kizomba contará com uma série de apresentações culturais e artísticas que envolverão várias unidades do Estado. A programação do evento do Quesito Cor pode ser lida no site. As apresentações e atividades foram formuladas em conjunto com as 11 divisões regionais da Fundação CASA.

“Conseguimos expandir a discussão do eixo étnico-racial para todas as regiões do Estado e esta segunda Kizomba é um momento para fazermos uma consolidação de tudo isso”, afirma Penha Lúcia Valério Ramos, coordenadora do comitê. “A discussão do eixo étnico-racial com um enfoque de respeito à diversidade é uma recomendação do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE)”.

Neste ano, além da regionalização das atividades e de eventos culturais e de discussão, o Quesito Cor lançou o primeiro Forum Digital no Brasil destinado à temática racial em instituições socioeducativas.

Da Fundação CASA

(M.C.)