IAC inaugura Laboratório de Biotecnologia e Qualidade de Frutas

Unidade realizará avaliações físicas e químicas dos produtos frutíferos

ter, 30/11/2010 - 17h00 | Do Portal do Governo

Com a meta de alcançar melhor qualidade de frutas e reduzir o tempo de pesquisa para obtenção de novas variedades, o Instituto Agronômico de Campinas (IAC) inaugurou o Laboratório de Biotecnologia e Qualidade de Frutas, em Jundiaí, nesta terça-feira, 30. O IAC é um instituto da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

A nova unidade servirá às pesquisas que envolvem a qualidade de frutas e a área de biotecnologia, especificamente a parte de cultura de tecidos, que irá acelerar as etapas do melhoramento genético no desenvolvimento de novas variedades e contribuir para a produção de mudas de frutíferas com sanidade e qualidade.

No aspecto da qualidade, o novo Laboratório irá realizar avaliações físicas, incluindo peso, textura e dimensões dos frutos, e também químicas, envolvendo fatores como pH, acidez, teor de sólidos solúveis, polifenóis, antocianinas e outros.

O Laboratório será utilizado, principalmente, nos estudos com uva, pêssego, nectarina, ameixa, caqui, abacaxi e macadâmia. Estas são as frutíferas que reúnem o maior número de projetos de pesquisas em andamento no Centro de Frutas do IAC. As avaliações de qualidade serão realizadas, normalmente, na colheita dos frutos. “Com o novo laboratório, pretende-se também estudar a curva de maturação, fazendo avaliações desde o seu início até a colheita dos frutos”, diz o pesquisador e diretor do Centro de Frutas do IAC, Marco Antonio Tecchio. Na área de biotecnologia, serão priorizados estudos com abacaxi, uva e pêssego.

No País, existem cerca de 50 laboratórios que trabalham com cultura de tecidos, mas praticamente todos pertencem à iniciativa privada. Os recursos para a construção e compra de equipamentos para o Laboratório de Biotecnologia e Qualidade de Frutas vieram do Governo do Estado. A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) também contribuiu com a aquisição de parte dos equipamentos.

Ganhos
Os benefícios que a nova unidade trará para a pesquisa se estendem também para produtores e consumidores finais, alcançando toda a cadeia de produção. Com maior agilidade, a pesquisa poderá desenvolver variedades de frutas mais produtivas e mais resistentes a pragas e doenças. O agricultor, por sua vez, terá variedades mais adaptadas às condições de solo e clima e, consequentemente, deverá ter redução de custos com insumos e defensivos agrícolas. Com melhor produção, a expectativa é a ampliação da renda no campo. O consumidor também deverá ser beneficiado com frutas de melhor sabor, qualidade, valor nutricional e, teoricamente, preços reduzidos, devido à diminuição dos custos de cultivo.

Para saber mais, acesse o site do Instituto Agronômico de Campinas.

Da Secretaria de Agricultura e Abastecimento