No Hospital Maternidade Interlagos, na Capital, todos os bebês que nascem saudáveis são colocados imediatamente em contato com a mãe, como determina a Organização Mundial da Saúde (OMS), para serem amamentados ou apenas ficar em contato com o corpo materno, informa Sandra Sestokas.
“Para o bebê, o nascimento é muito agressivo. Estava num local aconchegante e, de repente, tem de respirar num lugar completamente diferente do habitual. Sentir o calor da mãe, seus batimentos cardíacos, ser aconchegado e acarinhado é fundamental”, alerta a médica. Por conta desse trabalho, o hospital estadual recebeu o selo Amigo da Criança concedido a instituições que prestam atendimento humanizado às crianças. Sandra informa que apenas as mães usuárias de droga e as portadoras de HIV não podem amamentar. Todas as demais são orientadas a aleitar seus filhos até os seis meses de vida pelo menos.
Parto normal
“O leite é o melhor alimento para o bebê porque contém nutrientes fundamentais à sua saúde, traz imunidade e ajuda no seu desenvolvimento emocional. O ato de sugar prepara a musculatura, evitando problemas fonoaudiólogos, de mastigação e de audição. Além disso, não custa nada e não dá trabalho para fazer porque já vem pronto. Infelizmente nem toda mãe tem esse entendimento”. A médica reforça que todas são orientadas a fazer parto normal. “Todo procedimento cirúrgico traz riscos”.
Diz que é falso o mito de quem já fez uma cesárea não pode ter o segundo filho de parto normal. Apenas nos casos que trazem riscos de morte ao bebê ou à mãe são aconselhados os procedimentos cirúrgicos. Assim como Elenilda, que optou pela cesariana porque o bebê evacuou no útero. Magda Cristiane de Araújo Alves também fará o mesmo porque já tem quatro filhos e optou pela laqueadura. “Todos os outros nasceram de parto normal. Sempre faço pré-natal e trago minha carteirinha para tudo correr bem. Também amamentei meus filhos até os seis meses. Só o meu leite, nada de água nem suco! Estão todos saudáveis”.
Mesma linguagem
A plantonista Kátia Gimenez conta que nem todas as mulheres trazem o cartão de pré-natal nas consultas ou se lembram do histórico da gestação, o que prejudica o atendimento. “A maioria está bem orientada, mas já atendi gestantes que não tinham informação alguma sobre gravidez e outras que nem fizeram o pré-natal”. Kátia diz que a padronização de informações ajudará porque “todos falarão a mesma linguagem e as gestantes acreditarão mais na gente. Explicamos, mas nem sempre assimilam. Muitas estão cheias de filho e preocupações”.
A médica-residente Bruna Salani Mota diz que a principal confusão é com relação à duração da gestação e à data do parto. “Fazemos as contas por semanas; elas, por meses. Embora calculemos uma data prevista do parto, o nascimento pode ocorrer três semanas antes ou dez dias depois. Quando chega o suposto dia e não há sinal de contração ou outra indicação, orientamos a paciente a procurar o hospital a cada dois dias. Em caso de emergência (contrações, estouro da bolsa, sangramento, alteração visual, dor de cabeça) devem procurar imediatamente a maternidade”.
Veja mais detalhes do trabalho feito pelo hospital nas consultas de pré-natal
SERVIÇO
Hospital Maternidade Interlagos
Rua Leonor Alvim, 2111 – Interlagos – zona sul da capital
Mais informações, no site www.iminterlagos.com.br
Claudeci Martins
Da Agência Imprensa Oficial
(I.P.)