Na última sexta-feira (2), o Hospital Estadual Vila Alpina chegou à marca de mil altas de pacientes recuperados da COVID-19. O milésimo paciente a vencer a doença após os cuidados do hospital é Franceilque Martins da Silva, de 38 anos, que volta recuperado para casa em tempo de comemorar o “Dia das Crianças” junto dos três filhos e a esposa, Claudineia Nunes Martins.
Nascido em Tanhaçu, na Bahia, e atualmente residente na capital, Franceilque ficou internado desde 28 de setembro, incluindo dois dias na UTI Adulto. Durante o período de internação, ele recebeu visita da esposa, que. por precaução, teve a possibilidade de vê-lo apenas pela janela do quarto.
“Fiquei com muito medo, sentindo esta falta de ar, dor no corpo, febre, tossindo bastante. Diante da minha família, com medo de ficar em casa e passar para as minhas crianças, tomei a decisão de vir ao hospital para procurar o melhor para mim”, recorda o paciente, que é profissional de segurança. Contente com a alta hospitalar e grato ao atendimento prestado por todos os colaboradores da instituição, Franceilque contou que o maior desejo ao sair do hospital era encontrar a família.
Homenagem
Em festejo à data especial, a unidade organizou um corredor de palmas com todos os profissionais de saúde envolvidos na assistência, com balões para homenagear o paciente. A equipe da administração, a superintendência e os profissionais da unidade, juntamente com os familiares, encerraram a celebração com a entrega do certificado de vitória pela milésima alta ao paciente.
O segurança recebe a alta, estável, com alegria e salva de palmas dos colaboradores. “Comemoramos a vitória de mil pessoas recuperadas, com a satisfação de oferecer atendimento de qualidade a mil vidas. Agradeço aos profissionais que têm se dedicado a esta missão”, afirma a superintendente da unidade de saúde, Maria Fernanda Lopes.
Balanços
O Hospital Estadual Vila Alpina é um serviço da Secretaria de Estado da Saúde, referência para atendimento a casos graves de COVID-19 na zona sudeste da capital. Em abril, no início da pandemia, a unidade estruturou 30 leitos destinados ao tratamento dos pacientes coronavírus, incluindo dez leitos de UTI.
Já em maio, diante do cenário epidemiológico, o serviço ampliou para 80 leitos convertidos para tratamento da doença, sendo 40 UTI e 40 enfermaria. Com a queda na demanda do coronavírus, a unidade foi redirecionando gradativamente sua estrutura para atender demais patologias, e atualmente conta com 27 leitos reservados para pacientes adultos com suspeita ou confirmação da doença, incluindo 10 de UTI.
Até o dia 1º de outubro, o serviço recebeu 3.679 pacientes, entre suspeitos e confirmados de COVID-19. Referência para 620 mil habitantes da região leste da capital, em meados de abril, a unidade chegou a receber em média 72 pacientes por dia em sua mais intensa atuação na pandemia. A média caiu para 30 diários, atualmente, com a melhora do cenário epidemiológico.
Paralelamente ao atendimento específico para coronavírus, o hospital manteve os atendimentos de urgência para demais doenças, incluindo casos cirúrgicos, ortopédicos, pediátricos e a maternidade, seguindo fluxos devidamente organizados e respeitando todos os protocolos de segurança.
O Vila Alpina é um serviço de saúde de “porta-aberta”, ou seja, que acolhe a demanda espontânea em seu pronto-socorro. Também atua de forma referenciada, com casos levados pelos serviços pré-hospitalares (Samu e Resgate, por exemplo), pelas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), pela Assistência Médica Ambulatorial (AMAs).
