O Hospital Emílio Ribas, maior centro de diagnósticos e tratamento de moléstias infecciosas da América Latina, está colocando à disposição da população sua nova Unidade de Terapia Intensiva (UTI), que será entregue pelo governador Mário Covas nesta sexta-feira, dia 11, a partir das 12h30.
A unidade foi totalmente reformada, reequipada e ampliada, dobrando de oito para 17 o número de leitos.
O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde, investiu quase R$ 2 milhões nesta obra, concluída em cerca de dois anos. Mais de R$ 1,1 milhão foram destinados na reforma das novas instalações, que têm pressão negativa do ar para proporcionar melhor adequação no atendimento de doenças emergentes e reemergentes, como febre amarela, cólera e tuberculose. As instalações também foram adaptadas para agilizar o atendimento prestado ao doente.
Outros R$ 800 mil foram destinados para a aquisição de modernos equipamentos, entre eles respiradouros e monitores. Segundo o diretor técnico do hospital, Guido Carlos Levi, a nova UTI do Emílio Ribas está entre as melhores e mais modernas do País.
Considerado pelo Governo do Estado como “prioridade zero” entre as instituições de saúde, por ser uma espécie de termômetro para as grandes epidemias, o hospital Emílio Ribas está completando 120 anos de atividade. Durante esse período tem abrigado doentes de meningites, hepatites, leptospirose, e recentemente a Aids, que desde 1984 já somou mais de 30 mil pacientes às estatísticas do hospital. Atualmente, passam pelo ambulatório cerca de 3 mil doentes por mês.
Como hospital escola, o instituto recebe alunos de seis faculdades de medicina e de 19 escolas de enfermagem. Também desenvolve atualmente mais de 10 pesquisas internacionais e está em negociação para firmar intercâmbio científico com as universidades de Berkeley e Case Western University.
Casa Rosada
O governador Mário Covas também entrega nesta sexta-feira a conclusão da cobertura e da fachada externa da Casa Rosada, onde funcionou a primeira unidade de isolamento do hospital há 120 anos. O local, que estava quase destruído pelo tempo e por cupins, também vem sendo restaurado internamente para abrigar o futuro Memorial Emílio Ribas. Nele, parte da história do País ficará à disposição de estudantes e visitantes. A obra total está orçada em R$ 400 mil e poderá ser concluída por meio de parcerias com a iniciativa privada.
Umas das prioridades da atual direção do Centro de Estudos do Emílio Ribas é preservar o acervo histórico do hospital. Recentemente foram encontrados livros centenários, prescrições e condutas médicas, todas escritas a mão por funcionários do antigo hospital de isolamento. Outra relíquia encontrada foi o registro da primeira visita dos médicos Emílio Marcondes Ribas e Cândido Espinheira à instituição, na época chamada Hospital de Isolamento de São Paulo. Todo esse material será preservado com a criação do memorial, cujo projeto está sendo supervisionado pela Secretaria de Estado de Recuperação de Bens Culturais.
