O glaucoma, uma das principais causas de cegueira irreversível, atinge cerca de 67 milhões de pessoas no mundo. Para identificar essa silenciosa enfermidade, o Serviço de Oftalmologia do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) faz mais de mil atendimentos específicos por mês, e pelo menos 2% dessas pessoas apresentam novos casos.
Estudos recentes apontam que há 900 mil pessoas no Brasil com a doença. Somente um quinto desses pacientes apresenta sintomas no início, o que atrapalha a busca por tratamentos especializados.
O mal é fruto de uma alteração no nervo óptico causada pelo aumento da pressão dentro do olho. Em condições normais, a parte anterior do olho é preenchida por um líquido – o humor aquoso – responsável por controlar a pressão ocular, fundamental para visão perfeita. O glaucoma surge quando há uma redução no escoamento desse líquido.
Geralmente, a doença aparece em adultos com mais de 40 anos, com histórico de glaucoma na família, pressão intra-ocular elevada, hipertensão arterial, afro descendência, uso prolongado de esteróides ou cortisona e ter tido algum trauma no olho anteriormente.
Tratamento
O glaucoma tem controle, mas não cura, já que os danos causados ao olho são irreversíveis. Colírios, medicamentos orais, cirurgia a laser, cirurgias convencionais ou uma combinação desses métodos podem facilitar a vida de quem sofre com a doença.
O HSPE possui um equipamento específico, que custou R$300 mil, para diagnosticar e acompanhar o desenvolvimento de diversos tipos de glaucoma. Trata-se de um tomógrafo que armazena as imagens captadas em 3D, que avalia as condições do nervo óptico e da retina sem dor.