Hospital das Clínicas realiza campanha de alerta sobre psoríase

Doença inflamatória da pele atinge, principalmente, braços, pernas e couro cabeludo

seg, 25/10/2010 - 15h00 | Do Portal do Governo

A Divisão de Dermatologia do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da USP, promove nesta terça-feira, 26, uma campanha para esclarecer a população sobre a psoríase, doença que atinge igualmente homens e mulheres, principalmente na faixa etária entre 20 e 40 anos.

No Brasil estima-se que 2% da população sofram com a doença. Segundo o dermatologista e coordenador do ambulatório de psoríase do HC, Ricardo Romiti, os casos mais graves têm maior predisposição de desenvolver pressão alta, obesidade e risco cardiovascular.

Das 9 às 12 horas, especialistas irão distribuir material educativo e abordar os principais sintomas da doença. A exibição de vídeo também ajudará no entendimento. As orientações acontecerão no Prédio dos Ambulatórios do Instituto Central do HC, à Avenida Enéas de Carvalho Aguiar, 155, próximo à estação do Metrô Clínicas.

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A psoríase é uma doença inflamatória da pele, não contagiosa, de causa desconhecida, que apresenta períodos de piora, melhora ou mesmo desaparecimento por tempo indeterminado. Não há como prever sua evolução.

Fenômenos emocionais, infecções e outros fatores estão relacionados com o seu surgimento ou piora, provavelmente atuando como desencadeantes num indivíduo geneticamente predisposto a ter a doença.

A inflamação forma placas avermelhadas e elevadas em que as células chamadas queratinócitos aumentam sua velocidade de produção e, ao se acumular na superfície, formam escamas esbranquiçadas na pele. Os braços, pernas e couro cabeludo são as áreas mais acometidas, porém a psoríase pode acometer qualquer região do corpo. Cerca de 30% das pessoas que têm psoríase apresentam história de familiares também acometidos.

O diagnóstico da doença é geralmente clínico. O tratamento dependerá do quadro apresentado, podendo variar desde a simples aplicação de medicações tópicas nos casos mais brandos até tratamentos mais complexos para os casos mais graves. A resposta ao tratamento também varia muito de um paciente para outro e o componente emocional não deve ser menosprezado.

“Uma vida saudável, com alimentação balanceada e pouco estresse colabora para a melhora. A exposição solar moderada é de grande ajuda. Manter a pele bem hidratada também auxilia o tratamento”, explica Romiti.

Do Hospital das Clínicas