Homicídios e crimes contra o patrimônio em queda na Região Metropolitana da Capital

Região registra redução de 9% das mortes intencionais, de 24% dos latrocínios e de 13% nos roubos

qua, 28/07/2010 - 15h49 | Do Portal do Governo

Os homicídios dolosos caíram na Grande São Paulo no primeiro semestre de 2010, apontam as Estatísticas da Criminalidade, divulgadas pela Secretaria da Segurança Pública (SSP). O número de mortes intencionais diminuiu 9% entre janeiro e junho, segundo a Coordenadoria de Análise e Planejamento da SSP (CAP). A região metropolitana da capital colaborou para que o Estado registrasse em junho o menor número de mortes intencionais na história recente: 296 casos, o que corresponde a 8,84 homicídios por grupo de 100 mil habitantes. Já são 48.674 as vidas poupadas em São Paulo desde 1999, quando os homicídios começaram a declinar.

Nos seis primeiros meses de 2010, foram registrados na Grande São Paulo 57 homicídios a menos que no mesmo período do ano passado – 610 mortes intencionais entre janeiro e junho de 2009, contra 553 no primeiro semestre deste ano.

A redução dos homicídios no segundo trimestre confirmou a tendência de queda apresentada no trimestre inicial de 2010. O balanço de abril a junho mostra redução de 8% dos homicídios dolosos, na comparação com o mesmo período do ano passado, com 24 registros a menos – caiu de 293 para 269.

São Paulo reduziu os homicídios dolosos em 70% desde 1999. A taxa de homicídios do estado caiu de 35,27/100 mil habitantes, em 1999, para 10,69/100 mil, em 2008, número que equivale a menos da metade da taxa média nacional, de 24,5/100 mil habitantes. Em 2009, o número de mortes intencionais no estado oscilou ligeiramente para cima, mas agora, ao final deste primeiro semestre de 2010, retoma a trajetória de queda.

A Secretaria da Segurança Pública entende que o crime contra a vida está sob controle em São Paulo. A redução dos homicídios no Estado, que tem 42 milhões de habitantes, colabora para a diminuição das mortes intencionais no Brasil.

Crimes contra o patrimônio

Todos os crimes contra o patrimônio também recuaram na Grande São Paulo. Os roubos caíram 15% no segundo trimestre, consolidando a tendência de queda de 13% no primeiro semestre. Em números absolutos, houve 2.165 crimes a menos entre abril e junho, em relação ao segundo trimestre de 2009.

Os roubos seguidos de morte tiveram expressiva redução no segundo trimestre.  Ano passado, foram registrados 16 latrocínios no período, contra 14 este ano. A diminuição dos latrocínios é uma tendência consistente. No semestre, a queda é de 24% em relação a 2009.

Os furtos recuaram 10% no segundo trimestre. Foram 1.644 casos a menos, em relação ao mesmo período do ano passado, confirmando a tendência de queda de 9% no primeiro semestre.

Roubos e furtos de veículos também diminuíram na região metropolitana de São Paulo. Foram roubados 297 veículos a menos – uma redução de 6% em relação ao segundo trimestre de 2009. O recuo consolidou a tendência de queda de 9% dos roubos de veículos nos seis primeiros meses de 2010.

O número de veículos furtados de abril a junho retrocedeu em 777, uma queda 15%. No semestre, a redução acumulada de furtos de veículos é de 14%. As polícias da Grande São Paulo localizaram, recuperaram e devolveram aos proprietários 41% dos veículos furtados ou roubados.

Investimentos e mudanças nas polícias

Os registros de roubos de carga caíram 16% entre abril e junho. Foram 82 casos a menos, em relação ao segundo trimestre de 2009. A redução contribuiu para manter a trajetória de queda de 10% dos roubos de cargas no Estado.

Os roubos a bancos também diminuíram. Entre abril e junho, foram registradas cinco ocorrências, contra seis no mesmo período do ano passado. No primeiro semestre de 2010, a queda foi de quatro casos – de 15 para 11.

A redução dos crimes contra o patrimônio e a tendência de queda dos homicídios no primeiro semestre resultam de mudanças nas políticas de segurança pública do Estado, da ação das polícias e da melhora do cenário econômico. Desde março do ano passado, houve alterações na gestão da área de segurança, com a designação de novos comandantes militares e delegados diretores de departamentos, criação de novas unidades especializadas e fixação de metas.

A Polícia Civil teve fortalecido seu papel na investigação dos crimes. Já a Polícia Militar teve reforçado o efetivo e a frota de viaturas e aeronaves. O Governo Estado estendeu a todos os 645 municípios ferramentas de Inteligência Policial, como o RDO (Registro Digital de Ocorrências) e o Infocrim, que permitem o mapeamento da criminalidade, com indicação de locais, dias e horários de maior incidência criminal, e que tanto colaboraram para a redução dos homicídios na capital e nos maiores municípios.

Da Secretaria da Segurança Pública