HC trata deformidades congênitas na parede do Tórax

Portadores devem agendar consulta e avaliação

seg, 24/09/2007 - 11h19 | Do Portal do Governo

O Serviço de Cirurgia Torácica do Instituto Central do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da USP, desenvolve uma das técnicas cirúrgicas mais modernas para correção de deformidades em pacientes portadores de Pectus Excavatum – anomalia congênita da parede do tórax que acomete um a cada mil pessoas, com diferentes graus de deformidades, tem predominância no sexo masculino e é rara na raça negra.

O tratamento cirúrgico, considerado minimamente invasivo, consiste na colocação de barra de aço na parede anterior do tórax do paciente, através de duas pequenas incisões laterais para a sustentação do osso esterno. Todo o procedimento não leva mais que 40 minutos.

Pioneiro na Rede Pública de Saúde, o método já beneficiou 60 pacientes do Hospital das Clínicas. As técnicas convencionais são mais longas, apresentam maior necessidade de dissecção das estruturas da parede torácica e deixam uma grande cicatriz no tórax do paciente.

As pessoas que apresentam a patologia deverão procurar o Ambulatório de Parede Torácica do HC, às quintas-feiras, das 8h00  às 10h30, com o encaminhamento médico para agendamento de consulta e avaliação do seu problema. O serviço funciona no 6º andar do Prédio dos Ambulatórios, à Av. Enéas de carvalho Aguiar, 155 sala 7 B. Informações podem ser obtidas pelo telefone: 3069.7999. A cirurgia será indicada para deformidades mais acentuadas.

O Pectus Excavatum,  também conhecido popularmente como tórax em funil, é caracterizado pela depressão das cartilagens e do esterno, determinando uma cavidade na frente do tórax., vulgarmente chamada de peito de sapateiro. Na maioria das vezes, ele é detectado na primeira infância, tornando-se mais evidente na puberdade.

A deformidade pode provocar, em alguns casos, dor torácica, dores precordiais, palpitações, falta de ar, arritmias cardíacas e dificuldades para realização de exercícios intensos, além de estar associado à má postura dos pacientes. Em casos mais graves, a malformação reduz de forma significativa o volume do tórax, deslocando o coração para cima e lateralmente para a esquerda.

O portador da doença também pode apresentar graves alterações psicológicas, com fuga do convívio social, devido à imagem esteticamente alterada do seu contorno torácico. Ele tende a se retrair, usar mais de uma camisa, evita exposição em público e todo o tipo de relacionamento ou atividade que mostre a sua deformidade.

Na literatura não existe um índice ou quaisquer indicativos de prognósticos que sirva de parâmetro para acompanhar a evolução ou o grau de desenvolvimento da deformidade.

Para dar continuidade às pesquisas, o Serviço de Cirurgia Torácica do HC criou um núcleo de estudos específicos que atuará em paralelo aos procedimentos cirúrgicos.

Do Hospital Clínicas