Para incentivar o aleitamento materno, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, ligado à Secretaria da Saúde, realiza neste mês uma campanha para orientar as mães sobre importância da prática. De acordo com o pediatra Roberto Tozze, o aleitamento materno só traz benefícios para a criança. Coordenada pelas médicas Valdenise Calil, Fabiola Marim e Vera Krebs do Berçário Anexo à Maternidade, a campanha será realizada por meio de cartazes, orientações feitas por profissionais e material institucional distribuído em todo o complexo.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), até os seis meses o bebê deve ser alimentado exclusivamente com leite materno que possui todos os nutrientes que uma criança necessita para se desenvolver. Após este período, a criança deve receber um complemento ao leite materno até 2,5 anos de idade. “Segundo estudos, no primeiro mês 98% das mães dão exclusivamente o leite materno, porcentagem que vai diminuindo até chegar aos seis meses em 14%”, diz Tozze.
Todas as mães devem amamentar seus filhos. O alimento materno ajuda na formação do sistema imunológico, no desenvolvimento da musculatura da face, e, principalmente, no fortalecimento do vínculo emocional entre mãe e filho. Mamães que estiverem tomando medicamentos anticancerígenos, e que de alguma maneira fazem uso de substâncias radioativas, ou usam drogas como heroína e maconha, entre outras não podem dar de mamar. Medicamentos como antitérmicos e antidepressivos devem ser prescritos com cautela para lactantes.
As hepatites A, B, e C não contra indicam a amamentação. “As portadoras de hepatite C devem ficar atentas só se houver alguma fissura no seio”, alerta o pediatra que receita o próprio leite materno para tratar as fissuras nos mamilos.
Apesar dos hábitos alimentares não interferirem na parte intestinal da criança, é recomendada uma alimentação equilibrada às mães. Além disso, é recomendável beber muito liquido, não tomar bebidas alcoólicas e procurar sempre dar de mamar para seus filhos em ambientes tranquilos.
De acordo com o pediatra Roberto Tozze, não há leite fraco ou forte, a propriedade nutricional é a mesma independentemente da aparência. “Se o bebê esta mamando bem, urinando e evacuando bastante, e em constante crescimento, o leite está sendo suficiente”, afirma.
Da Secretaria da Saúde
