A Unidade de Tratamento de Queimaduras do Instituto Central do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da USP, é redesenhada para continuar oferecendo à população do Sistema Único de Saúde atendimento de excelência.
A unidade atende, em média, 250 casos por mês, entre emergências e assistência ambulatorial. São vítimas de queimaduras de 2º e 3º graus, causadas por agentes térmicos, elétricos, químicos que destroem a pele em extensão variável, podendo levar a graves incapacidades e até, mesmo, à morte.
As obras possibilitaram a criação de sala de reabilitação específica para atendimento do paciente internado. Segundo o cirurgião plástico David Gomez, responsável pelo setor, os exercícios de fisioterapia e terapia ocupacional ajudam a prevenir seqüelas nos pacientes, uma vez que a imobilidade dos segmentos articulares pode provocar rigidez nas articulações, causando posterior limitação funcional de movimentos.
Ao todo, a Unidade de Tratamento de Queimaduras apresenta 18 leitos: seis de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para a fase aguda da doença e 12 leitos para a fase de tratamento imediato.
O centro cirúrgico da unidade também recebeu melhorias para continuar realizando avançados procedimentos de transplante de pele. A meta da Divisão de Cirurgia Plástica e Queimaduras é utilizar, no futuro, cultura de células nas queimaduras profundas para minimizar áreas doadoras de enxerto de pele. Atualmente, o tratamento inclui aplicação de pele alógena (de cadáver).
Segundo o prof. Marcus Castro Ferreira, titular da Disciplina de Cirurgia Plástica da FMUSP e Diretor da Divisão de Cirurgia Plástica e Queimaduras do HC, a filosofia atual no tratamento dos queimados implica a assistência integrada. “O paciente recebe tratamento na fase aguda (passa por cirurgias para a resolução das lesões agudas), na reabilitação e no tratamento cirúrgico das seqüelas”.
Ao lado da equipe de cirurgiões plásticos especializados, a unidade conta com médicos intensivistas, pediatras e anestesistas, acompanhados por enfermeiros especializados, psicólogas, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais.
“Associado ao tratamento assistencial do paciente, há o desenvolvimento da parte didática (ensino), para a capacitação de profissionais de todo o Brasil e de pesquisas, nas diferentes áreas do tratamento das queimaduras”, enfatiza Marcus Ferreira.
Para as obras de modernização, o Instituto Central do Hospital das Clínicas, da FMUSP, investiu R$ 376.405,00.
Do Hospital das Clínicas
(M.C.)
