HC dá atenção especial à mulher com risco de câncer de mama

Cerca de 1% a 2% da população feminina necessita de maior vigilância para prevenção desse tipo de câncer

qui, 15/10/2009 - 19h00 | Do Portal do Governo

Mulher com perfil de risco para desenvolver câncer de mama recebe cuidado especial e acompanhamento diferenciado no Hospital das Clínicas (HC) e no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp). Essa é a proposta das duas instituições públicas para prevenir o desenvolvimento da doença. A triagem é feita no HC onde o especialista avalia o risco de acordo com as informações da paciente. 

Quando detectado alto risco, ela é encaminhada ao Instituto do Câncer. Lá, segundo o médico José Roberto Filassi, chefe do setor de Mastologia do HC da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e do Icesp , ela é atendida no Ambulatório de Condutas Especiais para Alto Risco em Câncer de Mama. A responsável pelo ambulatório do Icesp, Angela Trinconi, destaca que entre 1% e 2% da população feminina necessita de maior vigilância para prevenção desse câncer. “São consideradas de alto risco mulheres com dois ou mais parentes de primeiro ou segundo grau que tiveram câncer de mama, e aquelas que têm parentes jovens de primeiro grau com a doença”, alerta a especialista. 

Prevenção  

Também integram o grupo de risco mulheres com histórico de câncer de ovário ou que têm histórico de câncer de mama em homens na família, além de pacientes com biópsia de mama que apresentem alterações atípicas nas células obtidas. Segundo Filassi, mulheres com uma ou mais dessas características devem buscar encaminhamento médico do SUS ao Serviço de Ginecologia e Mastologia do HC. Com o encaminhamento em mãos, devem dirigir-se à sala 10.116 do Instituto Central do HC (Avenida Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 255, Cerqueira César), em qualquer dia da semana, às 12 horas, para triagem.

Ainda que não tenha desenvolvido a doença, a paciente encaminhada ao ambulatório é submetida a exames físicos a cada quatro ou seis meses. Faz exames de imagens com mais frequência que a quantidade indicada à mulher sem risco aumentado. Além da vigilância, a participante do programa recebe informações sobre medidas preventivas, como o uso de substâncias que bloqueiam os receptores de estrogênio no corpo – quimioprevenção – e até mesmo cirurgias redutoras de risco que consistem em retirar a glândula mamária ou ovários para casos selecionados. “Estas cirurgias podem reduzir em mais de 90% a chance de ocorrência do câncer de mama em pacientes de alto risco”, explica Angela Trinconi. Atualmente, o Ambulatório de Condutas Especiais para Alto Risco em Câncer de Mama acompanha 270 mulheres com potencial de desenvolver a doença. 

Da Secretaria da Saúde