Habitação realiza palestra sobre aquecimento solar em moradias populares

Evento mostrou as vantagens da utilização do equipamento para economia de energia e redução de gastos

sáb, 22/09/2007 - 10h12 | Do Portal do Governo

A Secretaria Estadual da Habitação realizou na quinta-feira, 20, um workshop sobre o aquecimento solar em habitações de interesse social. O evento teve como objetivo esclarecer dúvidas e demonstrar os benefícios alcançados com o uso de energia solar para o aquecimento da água. “Nós determinamos que todos os conjuntos da CDHU serão contemplados com esses aquecedores. O país todo tem que ter consciência e economizar energia, então estamos dando a nossa colaboração”, declarou o secretário Lair Krähenbühl.

Participaram do simpósio o diretor executivo da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (ABRAVA), Carlos Felipe de Cunha Faria, o representante do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Douglas Messina, e o representante da Eletropaulo, Marcio Visini.

Como a Secretaria da Habitação, por meio da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), está empenhada em edificar conjuntos habitacionais ecologicamente sustentáveis, construídos com produtos de qualidade, a discussão foi importante para esclarecer quais os principais pontos a serem observados e as ferramentas necessárias para facilitar a implantação e a adaptação da tecnologia de aquecimento solar nos empreendimentos da Companhia.

O palestrante Carlos Felipe de Cunha Faria, conhecido como Café, abordou a experiência do aquecimento solar em habitação de interesse social em todo o país. Segundo ele, a tecnologia é um sucesso em muitas cidades brasileiras. “São mais de 12 mil casas em todo o território nacional que utilizam o recurso de captação da energia solar para o aquecimento de água”, afirmou. De acordo com ele, o principal benefício é a redução do consumo de energia elétrica, com diminuição no valor da conta de luz e, consequentemente, um efetivo aumento de renda, melhorando a qualidade de vida das famílias.

Café explicou como é o funcionamento do sistema. Segundo definiu, o aquecedor solar possui dois componentes básicos, o coletor solar e o reservatório térmico. O coletor é uma chapa de cobre pintada de preto que é colocada em cima do telhado e absorve os raios solares, enquanto dentro dele uma serpentina faz com que a água circule e absorva calor. A água aquecida é armazenada no reservatório, que varia de tamanho de acordo com a necessidade de consumo. “A nossa experiência em moradias de interesse social tem indicado que a média de armazenagem é de 200 litros por dia. É necessário armazenar porque geralmente temos o hábito de tomar banho nos períodos em que não tem sol”, comentou.

O segundo palestrante, Douglas Messina, do IPT, destacou a necessidade de se estabelecer critérios para a instalação e uso desse tipo de equipamento. Para ele, é preciso monitorar o consumo e realizar um trabalho de conscientização e treinamento dos usuários para a operação e manutenção do sistema. “Esse trabalho é importante para melhorar a eficiência do equipamento. Em muitos casos, quando o morador percebe que está pagando menos pela energia elétrica, começa a abusar e, consequemente, aumenta o consumo de água. Logo, a medida não surtirá o efeito esperado. Por isso, é fundamental que o usuário seja orientado a utilizar adequadamente o dispositivo e que se realize manutenção periódica para evitar danos”, explicou.

Por fim, Mario Visini, da Eletropaulo, alertou para as épocas do ano em que o sol não aparece com tanta força e freqüência. De acordo com ele, a empresa realiza um trabalho de conscientização do uso racional da energia, que consiste em ampliar a redução de gastos com a substituição de chuveiros elétricos por outros com  aquecimento a energia solar. “Foi uma medida excelente, porém em algumas épocas do ano, para aquecer a água será necessário algum complemento elétrico, de potência mais baixa, obviamente”, conclui

Rodrigo Pinto

Da Secretaria Estadual da Habnitação

(I.P.)