Habitação investe em tecnologia e inovação em projetos de moradia

Lair Krähenbühl mostrou as novas diretrizes em palestra do CTE, em São Paulo

qui, 28/06/2007 - 11h25 | Do Portal do Governo

Trabalhar no aperfeiçoamento das tipologias adotadas para a construção de casas e apartamentos, promover inovações no método construtivo e ampliar a qualidade das moradias populares construídas pelo Governo do Estado, adotando tecnologia de ponta, são algumas diretrizes estabelecidas pela Secretaria de Estado da Habitação.

É o que afirmou nesta quarta-feira,  secretário e presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), Lair Krähenbühl, durante o “Encontro Sobre Habitação Popular e Industrialização da Construção”, promovido pelo Centro de Tecnologia de Edificações (CTE), em São Paulo.

No evento, o secretário apresentou o plano habitacional da atual gestão. Ele destacou que a preocupação na elaboração de empreendimentos de interesse social deve ir muito além da obra de edificação propriamente dita. É preciso que os núcleos habitacionais sejam ambientalmente sustentáveis. Para isso, tanto em condomínios quanto em loteamentos, é os projetos devem contemplar, por exemplo, a implantação de praças e áreas de lazer, o plantio de hortas comunitárias, a arborização urbana e a preservação da vegetação existentes.

Também é fundamental a destinação de áreas de compensação para o plantio de árvores. Lair Krähenbühl afirmou ainda que a Secretaria da Habitação também investe em tecnologia de ponta para reduzir o consumo de água e energia elétrica nos conjuntos habitacionais e diminuir o valor das contas de consumo e o impacto ao meio ambiente. Alguns exemplos são o uso de energia solar, o aproveitamento das águas das chuvas, a utilização de gás no aquecimento de água e a individualização da medição do consumo de água.

Os novos conjuntos de prédios da CDHU já são projetados com sistema de medição individualizada, o que permitem uma redução de 30% no consumo e maior controle dos gastos de cada residência. Segundo o secretário, nas regiões com altos índices de insolação a CDHU utilizará energia solar em grande escala para aquecimento da água do chuveiro, o grande vilão das contas de energia elétrica.

Durante a palestra, Krähenbühl também falou sobre a participação expressiva do Governo do Estado no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Enquanto o Governo Federal repassará R$ 2,1 bilhões para obras de saneamento e urbanização de favelas, o Estado de São Paulo destinará R$ 1,4 bilhão como contrapartida aos recursos federais.

“O Estado está entrando com 60 % de contrapartida nos projetos contemplados. Esses recursos serão investidos em intervenções nas represas Guarapiranga e Billings, nas favelas de Paraisópolis, Heliópolis e Pantanal, além de obras do Rodoanel e de revitalização do centro da cidade de São Paulo”, explicou o secretário. Além da Capital, outras regiões com grande carência de saneamento e alto índice de favelas e áreas de risco, como a Baixada Santista, serão beneficiadas pelo acordo assinado ontem no Palácio dos Bandeirantes.

Parte dos recursos serão aplicados no Programa de Recuperação Socioambiental da Serra do Mar, desenvolvido pelo Governo do Estado. “O projeto da Serra do Mar é fundamental para o Governo de São Paulo. Precisamos estancar as ocupações irregulares na região, dar condições dignas às famílias, recuperar o meio ambiente e com isso resgatar esse imenso e importante patrimônio”, conclui.

Da CDHU