Mais uma favela deixará de existir na Região Metropolitana de São Paulo. As famílias que hoje vivem na Vila Esperança, em Santana de Parnaíba, serão transferidas para moradias dignas e terão um endereço. Para tanto, o presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), Edward Zeppo Boretto, e o prefeito do município, José Benedito Pereira Fernandes, assinaram nesta sexta-feira, dia 27 de outubro, termo de cooperação que viabilizará a erradicação da favela.
Pelo documento, a CDHU destinará as 244 unidades habitacionais do seu primeiro empreendimento em construção no município para a erradicação da favela Vila Esperança. As famílias vivem em situação extremamente precária e insalubre, mas quando forem transferidas terão um endereço registrado e fixo no Conjunto Habitacional.
No empreendimento, que está sendo construído em um terreno bem em frente da favela, no bairro Campo de Lola, a CDHU está investindo R$ 10,1 milhões. O conjunto possuirá 184 apartamentos, 24 casas sobrepostas e 36 sobrados. As unidades terão dois dormitórios, sala, cozinha, banheiro, área de serviço e área construída entre 46,94 e 64,57m2. A previsão de entrega é julho de 2007.
A prefeitura ficará responsável pela mudança para o conjunto habitacional, quando a obra estiver concluída, e pelo acompanhamento social das famílias depois da transferência. Além disso, após a desativação da favela, a prefeitura construirá uma creche e equipamentos sociais esportivos no local e executará obras e serviços de reflorestamento.
A erradicação da Vila Esperança é mais uma iniciativa do Pró-Lar Atuação em Favelas e Áreas de Risco, programa desenvolvido pela CDHU para atender famílias que moram em áreas sem infra-estrutura ou que estão desabrigadas devido à ocorrência de calamidades públicas.
Outros investimentos – Em todo o Estado, a CDHU possui outros programas em andamento, além do Atuação em Favelas e Áreas de Risco, que fazem parte do Pró-Lar. São eles: Autoconstrução, Núcleo Habitacional por Empreitada, Atuação em Cortiços, Mutirão Associativo, Microcrédito Habitacional, Moradias Indígenas, Melhorias Habitacionais e Urbanas, Rural, Quilombolas e Crédito Habitacional. Por meio deles, a Companhia entregou, de 1995 até o momento, 231.763 unidades habitacionais.
De 2003 até hoje, já foram viabilizadas 122.867 novas moradias, resultado de um investimento de R$ 3,2 bilhões. Destas, 66.155 unidades foram entregues entre janeiro de 2003 e setembro de 2006, e 56.712 estão em produção. Com isto, além de reduzir o déficit habitacional, a CDHU está garantindo a geração de mais de 60 mil empregos, entre diretos e indiretos.
Marlene de Araujo
Da CDHU