Quem passa pela Estação Lapa da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) pode observar um pouco de arte urbana. A estação, que faz parte da Linha 8-Diamante (Júlio Prestes – Itapevi), é pioneira no aproveitamento da grafitagem, que cobre dois muros de 50 metros e um de 100 metros, tornando-a uma galeria de arte acessível à população que utiliza o trem como meio de transporte.
Os trabalhos de grafitagem dos muros da estação, realizados desde 2005, são feitos por meio de parceria com o grafiteiro, professor e artista plástico Rui Amaral. Seus alunos estão trabalhando, durante os finais de semana, em um novo painel de grafite, na plataforma 1 de embarque, sentido Itapevi.
Num fundo verde, estão sendo criados desenhos peculiares, que combinam formas geométricas e retratos de pessoas comuns. Rui utiliza o espaço cedido pela CPTM como instrumento de concretização da aprendizagem de seus alunos do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), onde ministra aulas de arte grafite.
Inicialmente, é desenhado um projeto num rolo grande de papel canson, para mostrar como os desenhos serão aplicados nos muros. A idéia é fazer um trabalho de interação com cada aluno. Segundo Rui, o objetivo não é pintar um painel com várias obras, mas integrá-las em uma só composição. Os usuários que passam pela estação podem conferir o resultado.
Uma aposta na arte
Com o intuito de inibir o vandalismo nos trens e nas estações da CPTM, surgiu em 2001 o Projeto Grafite. Desde então, diversas estações, trens e demais espaços se transformaram em grandes galerias de arte contemporânea e popular. Com essa abertura, o grafite ganhou espaço na empresa, ao levar arte para a população no trajeto para o trabalho ou para casa sem pagar nada. O grafite é uma forma de humanizar os espaços, preservar o patrimônio público e integrar os jovens em atividades de inclusão social.
Da Assessoria de Imprensa da CPTM / Agência Imprensa Oficial
C.C.
