Governo premia as melhores ações de SP a favor das pessoas com deficiência

Emprego, educação inclusiva, reabilitação e acessibilidade em calçadas são os temas dos projetos vencedores

ter, 13/12/2011 - 16h00 | Do Portal do Governo

A Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência anunciou na úlitma segunda-feira, 12, os vencedores do Prêmio Ações Inclusivas para Pessoas com Deficiência 2011.

Foram premiadas dez iniciativas – cinco governamentais e cinco não-governamentais – entre as 30 finalistas selecionadas. Participaram da seleção quase uma centena de organizações públicas e privadas de todo o estado.

Vencedor na categoria Ações Governamentais, o Programa de Atendimento em Itinerância do Setor de Educação Inclusiva da Rede Pública de Peruíbe promoveu melhor suporte aos professores das classes regulares para a efetiva implantação da educação inclusiva. Este apoio veio na maior oferta de recursos e materiais pedagógicos, mais tempo de contato entre o corpo docente e a equipe técnica de especialistas, na contratação de 90 estagiários para acompanhamento individualizado dos alunos e no atendimento integrado com os serviços de saúde.

Na mesma categoria foi premiado o programa Calçada Segura, da Prefeitura de São José dos Campos, que conscientiza moradores sobre a importância de tornar as calçadas acessíveis a todos. Técnicos visitam o local e explicam aos proprietários do imóvel os principais problemas detectados: inclinação, rachaduras, presença de raízes, entre outros obstáculos. O programa atende 2.400 pessoas/mês e já foram realizadas mais de 40 mil visitas.

Os outros finalistas foram o Grupo Asas (teatro inclusivo) da Prefeitura de Barueri; o Programa Municipal de Empregabilidade de Catanduva; e o projeto de Comunicação Inclusiva, que realiza atendimento em Libras a pacientes surdos do Hospital Mário Covas, em Santo André.

Sociedade civil

Na categoria de Ações Não-Governamentais houve três vencedores. Em Jaú, o projeto Vida Iluminada oferece apoio pedagógico, aulas de reforço e atividades culturais a pessoas com deficiência visual, com objetivo de promover a inclusão educacional, social e no mercado de trabalho. Coordenado pela Associação Mulher Unimed de Jaú, atende atualmente 70 pessoas por mês, entre crianças, adolescentes e adultos.

Em São José do Rio Preto, a Associação Renascer mantém o projeto Oportunidades de A a Z, que propõe a capacitação e inclusão de pessoas com deficiência intelectual no trabalho formal, por meio de oficinas práticas de Secretariado, Informática, Padaria, Serigrafia e Atividades Básicas. Atualmente, nove pessoas com deficiência intelectual inseridas no mercado de trabalho e há ainda 18 pessoas em atendimento.

Na capital, também foi reconhecida a eficácia do Projeto Halliwick, atividade terapêutica na água que não visa exclusivamente à reabilitação física, mas devolver a autoconfiança à pessoa com deficiência. Os exercícios utilizam jogos, música e o atendimento é personalizado. No Brasil, o método é oferecido exclusivamente na Rede de Reabilitação Lucy Montoro, em São Paulo, e já beneficiou mais de 2 mil pessoas.

Os demais finalistas da categoria foram o Projeto de Inclusão Digital da Univem e APAE de Marília e o Projeto Ciranda, da Associação de Apoio à Criança com Deficiência Ortopédica de São José dos Campos.

Homenagem

Durante a cerimônia, o prêmio “Personalidade do Ano” foi entregue às procuradoras da Justiça do Trabalho Adélia Augusto Domingues e Denise Lapolla de Paula Aguiar Andrade, por sua atuação em defesa dos direitos das pessoas com deficiência ao emprego e pelo cumprimento da Lei de Cotas.

O evento também marcou o encerramento da 2ª da Caravana da Inclusão, parceria da Secretaria com a União dos Vereadores do Estado de São Paulo e que, neste ano, percorreu dez regiões do Estado, promovendo palestras, debates e difundindo a cultura da inclusão e da acessibilidade no interior paulista.

Para a secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Linamara Rizzo Battistella, São Paulo vem dando um exemplo concreto ao país e até mesmo ao Exterior de que é possível transformar a realidade das pessoas com deficiência, que hoje já são vistas como cidadãos produtivos e plenos de direitos.

Da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência