Governo investe em programa integral voltado à saúde do adolescente

Iniciativa oferece atendimento completo e capacita profissionais da área de saúde em todo o Estado

ter, 27/03/2007 - 10h39 | Do Portal do Governo

Doenças como bulimia e anorexia, além de questões relacionadas à sexualidade e à gravidez na adolescência foram pauta do encontro realizado sexta-feira, 23, que reuniu cerca de 1.300 profissionais de todo o Estado, no Palácio dos Bandeirantes. O evento integra a série de atividades desenvolvidas pelo Programa Saúde Integral do Adolescente, da secretaria da Saúde.

Em funcionamento desde 1987, o programa oferece atendimento integral (físico e psicológico) a jovens de 10 a 20 anos, além de proporcionar assessoria técnica para os municípios e realizar capacitação profissional para multiplicar o trabalho dos serviços já existentes.

Com a expansão das atividades, em 1993 a secretaria da Saúde inaugurou o primeiro espaço inteiramente disponível para o projeto, a Casa do Adolescente, no bairro de Pinheiros, em São Paulo. Hoje são 17 Casas que oferecem orientação com uma equipe de especialistas nas áreas de nutrição, fonoaudiologia, odontologia, fisioterapia, psicologia, clínica geral, pediatria, ginecologia e enfermagem.

Além de consultas individuais, as Casas mantém espaço para atividades de interação entre adolescentes, suas famílias e moradores da comunidade. Ali, são promovidas palestras voltadas para prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e gravidez precoce. Também há aulas de dança, cursos de culinária, de artesanato e terapias em grupo. Os projetos são colocados em prática de acordo com a demanda.

Para ampliar o atendimento, a Casa do Adolescente de Pinheiros oferece o Disk-Adolescente. Pelo telefone (11) 3819-2022 os jovens buscam ajuda de profissionais e tiram dúvidas sobre sexualidade. O serviço funciona de segunda a sexta-feira, das 11 às 14 horas e a identidade do jovem não precisa ser revelada.

Capacitação continuada

O encontro realizado na última sexta-feira (23) faz parte da capacitação continuada do projeto. São organizados desde 2002, em quatro edições por ano, em média, sempre com participação gratuita.

A assessora técnica do programa, Maria Lucia Araújo Monteleone, explica “que a proposta é levar informação ao maior número possível de profissionais em todo o Estado nas áreas de saúde, promoção social e educação”. Quem atesta a eficiência e os bons resultados da iniciativa é a professora

Ivone de Fátima Batalha, que trabalha em um projeto social para adolescentes desenvolvido pela prefeitura de Itu. Participando pela primeira vez do curso, considerou a proposta ótima. “As informações são transmitidas com objetividade, de fácil entendimento”, afirmou.

A  psicóloga Kátia Patrícia Correia, também da cidade de Itu, acompanhava pela segunda vez o curso. Inscreveu-se novamente por considerá-lo muito produtivo “tanto no conteúdo quanto pela oportunidade de intercâmbio com outros profissionais”.

As informações serviram para que Sandro Eleutério da Silva, presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Santa Rosa do Viterbo, repensasse todo o trabalho que desenvolve com os jovens de sua cidade. “A partir do que ouvi aqui, vamos mudar a nossa estratégia e ouvir mais as necessidades dos adolescentes”, avaliou.

O coordenador de saúde de Santa Rosa de Viterbo, José Eduardo Simionato, falou sobre a quantidade de informações que levaria para a sua cidade. Segundo ele, é alto o número de adolescentes grávidas no município. “O primeiro passo será repensar a forma de tratar o assunto com o adolescente. Tivemos aqui uma verdadeira aula”.

Joice Henrique

Confira o endereço das 17 Casas do Adolescente