Governo inaugura Mostra “Fernando Pessoa: Plural como o Universo” no Museu da Língua Portuguesa

Exposição mostrará a multiplicidade da obra do poeta português que foi capaz de inventar e se reinventar por meio de seus heterônimos

ter, 24/08/2010 - 8h19 | Do Portal do Governo

O Governo inaugurou na segunda-feira, 23, a exposição “Fernando Pessoa, plural como o universo”, que celebra a obra de um dos maiores poetas do século XX no Museu da Língua Portuguesa, uma instituição do Governo de São Paulo administrada pela Poiesis – Organização Social de Cultura. A solenidade contou com a participação do governador Alberto Goldman.

A partir desta terça-feira, 24, o público terá a oportunidade de conhecer, ou reconhecer, algumas das personas do poeta português, que se revelam nos versos assinados por seus heterônimos – personagens-poetas com identidade própria – e por Pessoa, “Ele-mesmo”, e a observar a interação entres esses e outros vários personagens literários criados, simultaneamente, ao longo de seus 47 anos de vida. Com curadoria de Carlos Felipe Moisés e Richard Zenith e projeto cenográfico assinado por Helio Eichbauer, a exposição mostrará toda a multiplicidade da obra de Pessoa e pretende conduzir o visitante a uma viagem sensorial pelo universo do poeta, fazendo-o ler, ver, sentir e ouvir a materialidade de suas palavras.

Essa é a primeira vez que o Museu da Língua Portuguesa abriga uma exposição sobre um autor português. Depois de homenagear grandes nomes da literatura brasileira, como Guimarães Rosa, Clarice Lispector e Machado de Assis, o Museu apresenta a vida-obra ou obra-vida do poeta, autor do verso “Viver não é necessário; o que é necessário é criar”, por meio de textos, imagens e vídeos. O visitante terá a chance de ver algumas raridades, como a primeira edição do livro Mensagem, único publicado por ele em vida, e os dois números da revista Orpheu, um marco do modernismo em Portugal.

Para Carlos Felipe Moisés, um dos curadores, não é necessário conhecer previamente a obra do poeta para visitar a exposição. “Nosso propósito básico é levar Fernando Pessoa à vida do cidadão que não o conhece, e que, portanto, encontrará uma linguagem acessível, e àqueles que já estão familiarizados com seus versos, que terão a chance de descobrir aspectos e conceitos novos”. Moisés acredita que basta conviver com a obra de Pessoa para entendê-la. O curador afirma que isso deve ser feito em etapas para melhor assimilá-la. “Nossa intenção é provocar o público, fazer com que as pessoas fiquem intrigadas, inquietas e voltem para perceber a exposição de outras formas”.

Durante o percurso da exposição Fernando Pessoa, plural como o universo, o visitante entrará em contato com os versos de Alberto Caeiro, o “poeta da natureza”; Ricardo Reis, médico e discípulo de Caeiro; Álvaro de Campos, um engenheiro de educação inglesa e origem portuguesa; Bernardo Soares, autor do Livro do Desassossego; e de Pessoa, “Ele-mesmo”, considerado pelo próprio um ortônimo, em tom de ironia. Estarão expostos também poemas de heterônimos menos conhecidos e de algumas de suas personalidades literárias, como o Barão de Teive, o prosador suicida.

A exposição Fernando Pessoa, plural como o universo ficará em cartaz até o dia 30 de janeiro de 2011.

Serviço
Exposição Fernando Pessoa, plural como o universo
Abertura para o público: terça-feira, 24 
Até 30 de janeiro de 2011
Museu da Língua Portuguesa
Praça da Luz, s/nº, Centro
Telefone: (11) 3326-0775
www.museudalinguaportuguesa.org.br
Ingresso: R$ 6,00 (pagamento somente em dinheiro)
O museu funciona de terça a domingo, das 10 às 18 horas. A bilheteria fica aberta de terça a domingo, das 10 às 17 horas. Nas últimas terças-feiras de cada mês, o museu permanece aberto até 22 horas (a bilheteria fecha sempre uma hora antes). Estudantes com carteira de estudante do ano e documento de identidade pagam meia-entrada. Crianças com até 10 anos e idosos a partir de 60 anos não pagam ingresso, bem como professores da rede pública

Da Secretaria da Cultura