Governo homenageia personalidades com Ordem do Ipiranga

Lista de agraciados destaca trabalho de artistas como Bibi Ferreira, Manoel Carlos, Arnaldo Cohen e Hebe Camargo

seg, 20/09/2010 - 20h00 | Do Portal do Governo

Uma grande homenagem aos cidadãos que têm prestado notória contribuição ao País e ao Estado de São Paulo. É com este espírito que o governador Alberto Goldman faz a entrega da Ordem do Ipiranga nesta segunda-feira, 20, no Palácio dos Bandeirantes. Desta vez, a honraria, uma distinção estadual iniciada pelo governador Abreu Sodré em junho de 1969, será entregue a 16 personalidades de diversas áreas.
 
Serão agraciados o escritor Manoel Carlos, a atriz Bibi Ferreira, o designer Alexandre Wollner, a artista Amélia Toledo, o músico Arnaldo Cohen, a cantora Céline Imbert, a pedagoga Tia Dag, a apresentadora Hebe Camargo, o diretor Jorge Takla, o médico Luiz Hildebrando Pereira da Silva, o sambista Nenê da Vila Matilde, a atriz Nicete Bruno, o ator Paulo Goulart, o maestro Roberto Minczuk e a cantora Rosana Lamosa, além da Laramara (Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual).
 
A distinção é uma forma de premiar as pessoas que de alguma forma se sobressaem em seus campos de atuação, explica o presidente do Conselho Estadual de Honraria e Mérito, Adilson Cezar. “A Ordem do Ipiranga é destinada a alguém que tenha um destaque específico numa área e que, evidentemente, defenda os valores paulistas e nacionais”, completa. O presidente do conselho lembra que a Ordem é honorífica, ou seja, não se trata de um título nobiliárquico, que se transmite de geração para geração. O Grão-Mestre da Ordem é o Governador de São Paulo, cuja insígnia é a Grã-Cruz, e o Chanceler é o secretário Chefe da Casa Civil, Luiz Antonio Marrey.

Conheça mais sobre os homenageados:
 
Manoel Carlos
O paulista Manoel Carlos Gonçalves de Almeida, ou simplesmente Maneco, como é conhecido entre os amigos, foi um pioneiro da televisão brasileira. Como roteirista, produtor e diretor, trabalhou nos mais variados programas, até finalmente se lançar como escritor de telenovelas. Entre os muitos sucessos de sua autoria, podem ser citados os folhetins “Por amor”, “Laços de Família” e, recentemente, “Viver a vida”.
 
Bibi Ferreira
Uma das grandes divas da história do teatro brasileiro, a carioca Bibi Ferreira é atriz e diretora. Filha do ator Procópio Ferreira, sua intimidade com o palco vem desde a infância – ela entrou em cena pela primeira vez com apenas 24 dias de vida. Entre tantos trabalhos marcantes, podem ser citadas suas atuações na peça “Gota d’Água” (de Chico Buarque e Paulo Pontes), como a personagem Joana, ou então no musical “Piaf”, interpretando a estrela francesa.
 
Alexandre Wollner
O designer gráfico Alexandre Wollner nasceu em São Paulo e iniciou seus estudos no Instituto de Arte Contemporânea (IAC). Selecionado por Max Bill, complementou seu aprendizado na Alemanha, onde permaneceu entre 1954 e 1958. Ao retornar ao Brasil, inaugurou o Form-Inform, o primeiro escritório de design do País, e participou da criação da Escola Superior de Desenho Industrial, no Rio de Janeiro.
 
Amélia Toledo
A paulistana Amélia Toledo é escultora, pintora, desenhista e designer. A artista teve o privilégio de frequentar o ateliê de Anita Malfatti, no fim dos anos 1930, e ainda foi aluna de mestres como Yoshiya Takaoka e Waldemar da Costa. A partir da década de 1960, também destacou-se como professora, trabalhando na Universidade Mackenzie e na Faculdade Armando Álvares Penteado (FAAP).
 
Arnaldo Cohen
Músico graduado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, o pianista Arnaldo Cohen teve em Jacques Klein o seu principal mestre. Ao longo da carreira, apresentou-se em mais de dois mil concertos, ganhando destaque como solista das mais importantes orquestras do mundo. Em 2004, tornou-se o primeiro músico brasileiro a assumir uma cátedra vitalícia na Escola de Música da Universidade de Indiana, no Estados Unidos.
 
Céline Imbert
Personalidade marcante na história recente do canto lírico brasileiro, a soprano Céline Imbert já brilhou nos principais palcos do País. Nascida em São Paulo e tendo atuado como psicóloga antes de decidir-se definitivamente pela carreira artística, a cantora ganhou reconhecimento internacional ao estrear na Companhia de Ópera do Arizona, nos Estados Unidos, no papel-título de “Carmen”, de Bizet. Já recebeu o Prêmio Carlos Gomes e foi eleita a Melhor Cantora Erudita pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA).
 
Dagmar Garroux
Dagmar Garroux – ou Tia Dag, como é carinhosamente chamada – é pedagoga há 30 anos. Em 1986, na zona sul paulistana, fundou a Casa do Zezinho, um bem sucedido polo educativo no qual implantou seu revolucionário método de ensino, conhecido como Pedagogia do Arco-Íris. Atualmente, a Casa do Zezinho atende regularmente mais de mil crianças e jovens – e tem fila de espera de até quatro anos para matrícula.
 
Hebe Camargo
Atriz, cantora e apresentadora, a paulista Hebe Camargo é uma das principais personalidades da televisão brasileira. No ar desde a pioneira transmissão da TV Tupi em 1950, Hebe já emprestou seu carisma a quase todas as emissoras do País. Desde 1986, conduz com sucesso seu programa no SBT – e, paralelamente, faz participações especiais em telenovelas, filmes e programas humorísticos.
 
Jorge Takla
O diretor Jorge Takla é um encenador requintado e habilidoso que sabe lidar com elencos numerosos, atuando sempre em grandes produções. Nascido no Líbano, formou-se na Escola de Belas Artes e no Conservatório Nacional de Arte Dramática, em Paris. Após trabalhos na Europa e Estados Unidos, radicou-se no Brasil em 1976, onde, além do teatro, investe na direção de óperas.
 
Laramara (Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual)
A Laramara é uma entidade que apóia a inclusão educacional e social de pessoas com deficiência visual. Criada pelo casal Mara e Victor Siaulys, já recebeu cerca de oito mil usuários desde sua fundação, em 1991. Atualmente, os programas e serviços da instituição atendem 700 crianças e jovens.
 
Luiz Hildebrando Pereira da Silva
Luiz Hildebrando Pereira da Silva é médico especializado em parasitologia. Dono de um currículo e trajetória brilhantes, é formado pela Universidade de São Paulo (USP), com pesquisas de campo no nordeste brasileiro e na África. Trabalhando no Instituto Pasteur, de Paris, onde viveu por 30 anos, tornou-se uma das maiores autoridades mundiais no combate à malária.
 
Nenê da Vila Matilde
Alberto Alves da Silva, ou simplesmente Seu Nenê, é personagem emblemático do samba paulista e empresta seu nome a uma das mais tradicionais escolas de samba de São Paulo. Fundada por ele em 1949, na Zona Leste da Capital, a Nenê da Vila Matilde possui onze títulos do carnaval, entre eles dois tricampeonatos. Seu Nenê foi presidente da agremiação durante 47 anos.
 
Nicete Bruno
A coleção de personagens da atriz Nicete Bruno é enorme. No teatro, trabalhou com diretores como Ziembinski e Antunes Filho, além de ter se destacado também como empresária e dona de companhias. Na televisão, fez sucesso em telenovelas que marcaram época e lhe renderam prêmios. Nicete faz parte de uma ilustre família de artistas, integrada pela sua mãe Eleonor Bruno, seu marido Paulo Goulart e suas filhas Beth Goulart e Bárbara Bruno.
 
Paulo Goulart
Paulo Goulart é ator, dramaturgo e produtor teatral. Sua trajetória está repleta de projetos realizados com sucesso na televisão, como novelas e minisséries. No teatro, trabalhou com os diretores Ziembinski, Antonio Abujamra e José Possi Neto, entre outros. Suas atuações lhe renderam diversos prêmios – foi escolhido melhor ator pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) e recebeu o Prêmio Molière.
 
Roberto Minczuk
Roberto Minczuk é o diretor artístico e regente titular da Orquestra Sinfônica Brasileira da Cidade do Rio de Janeiro e da Filarmônica de Calgary, além de diretor artístico do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Nos últimos anos, recebeu inúmeros prêmios por seu trabalho, dentre eles, o Martin Segall, o Grammy Latino de Melhor Álbum Clássico e o Prêmio Carlos Gomes.
 
Rosana Lamosa
A soprano Rosana Lamosa estudou canto com Vera Canto e Mello e piano com Alda Bonfin. Após participar da abertura do prestigiado Festival de Campos do Jordão, a carreira da soprano carioca ganhou destaque em 1998, com o papel principal que desempenhou na estréia mundial da ópera “Alma” de Claudio Santoro, encenada em no Teatro Amazonas. No seu repertório incluem-se também oratórias, missas e cantatas.