Governo do Estado oferece atenção à mulher em todas as fases da vida

Cidadania, saúde, educação, habitação e trabalho são áreas de atendimento diferenciado à mulher

qui, 08/03/2001 - 17h12 | Do Portal do Governo

Cidadania, saúde, educação, habitação e trabalho
são áreas de atendimento diferenciado à mulher

O Governo do Estado de São Paulo realiza um leque amplo de ações em prol das 19 milhões de mulheres paulistas. Entre eles, os direitos de cidadania, condições de saúde, contrato de moradia popular e atenção especial durante a velhice. Este conjunto de ações é indispensável.

Saúde: amplo programa atende necessidades das mulheres

A Secretaria Estadual da Saúde desenvolve o Programa de Saúde da Mulher oferecendo ações de atenção integral e prevenção, que atendem a mulher em todas as fases da vida. As principais metas do programa são: a redução das causas de mortalidade materna e infantil; oferecer atenção à gravidez na adolescência; realizar diagnóstico precoce de câncer ginecológico; incrementar o conhecimento sobre sexualidade, diretos e saúde reprodutiva; envolver também o homem em todas as ações; atender a mulher no climatério e na terceira idade; e implementar ações de educação para a saúde da mulher.
O Programa conta com o Disque Mulher (852-8728), que oferece informações e orientações gratuitas. O atendimento é feito por uma equipe multiprofissional capacitada que atua na área de saúde. O objetivo é atender, orientar, encaminhar e dar apoio psicológico. O Disque Mulher recebe cerca de 150 telefonemas e registra 120 atendimentos por mês. O serviço está disponível das 11 às 14 horas.
Em toda a rede estadual, bem como nos hospitais do Estado administrados por entidades filantrópicas sem fins lucrativos, existem programas de estímulo ao parto normal e aleitamento materno, atenção à gravidez de alto risco e garantia de realização de pré-natal com qualidade. Tudo isso, com o objetivo de reduzir a taxa de mortalidade materna e infantil.
Na área da saúde, a prevenção preserva vidas. Por isso, são mantidos programas de prevenção de câncer e de atenção ginecológica em toda a rede estadual. Além disso, são promovidos eventos, como o mutirão que acontece nos dias 30 e 31 de março, no Pontal do Paranapanema. As cerca de três mil mulheres assentadas do Pontal terão oportunidade de realizar exames ginecológicos e preventivos gratuitamente.
Manter a boa formação dos profissionais que trabalham nessas áreas também está dentro das prioridades do Programa de Saúde da Mulher. Assim, são oferecidos cursos de capacitação e treinamento para os novos ginecologistas e obstetras da rede pública, que neste ano vai atingir 600 profissionais; cursos de atualização e capacitação nas áreas da saúde da mulher e do adolescente; capacitação dos médicos e enfermeiros do Programa de Saúde da Família (que na Capital recebe o nome de Qualis e é executado pelo Governo do Estado), entre outros.
Os esforços do Governo paulista nessa área vêm apresentando bons resultados, como o do Hospital Geral de Itapecerica da Serra, que recebeu o II Prêmio Galba de Araújo – Humanização do Atendimento Obstétrico e Neonatal (oferecido pelo Ministério da Saúde), da região sudeste, em 1999. Já a coordenação do Programa de Saúde do Adolescente recebeu o Prêmio Álvaro da Cunha Bastos (oferecido pela Sociedade Brasileira de Obstetrícia e Ginecologia da Adolescência) por seu trabalho de estudo do modelo de atenção integral de saúde do adolescente pela rede pública de Saúde do Estado de São Paulo. O Hospital Leonor Mendes Barros conseguiu credenciar-se como Hospital Amigo da Criança. Para isso, seguiu dez rigorosos passos impostos pela Unesco.

Centro de Referência da Saúde da Mulher

Além de todos os programas de atenção à saúde da mulher mantidos nos hospitais estaduais, como o Mãe-Canguru, onde os bebês que nascem muito abaixo do peso são mantidos presos por uma espécie de bolsa em suas mães até que ganhem peso e possam receber alta hospitalar, e o incentivo ao parto normal, entre outros programas, São Paulo conta com o Hospital Pérola Byington – Centro de Referência da Saúde da Mulher, que mantém duas unidades: o hospital – que realiza cirurgias, internações, tratamento quimioterápico, exames de raio X e ultrassonografia, entre outros – e o ambulatório.
Hospital referenciado, o Pérola Byington só atende pacientes que são encaminhadas pela rede básica (postos de saúde). No hospital, são realizadas cerca de mil cirurgias por mês, Já o ambulatório contabiliza aproximadamente 1.200 consultas por dia, tanto de pacientes do hospital em tratamento e aquelas que são encaminhadas pela rede básica (postos de saúde). Os principais programas desenvolvidos pela unidade são de atendimento à mulher com câncer, que vai desde o diagnóstico até cirurgia e tratamento quimioterápico; ginecologia; planejamento familiar; programa de fertilização e atendimento a vítimas de violência sexual.
Na área de fertilização, é o maior centro público do Brasil. Só em janeiro foram feitas 50 tentativas de bebês de proveta. A expectativa é que 30% cheguem a nascer. “Essa média é igual a dos melhores centros privados do mundo”, compara o diretor clínico, José Antônio Marques. Além disso, a unidade também realiza ICSI, processo pelo qual apenas um espermatozóide é injetado no óvulo. “Esse é o único lugar público do Brasil que utiliza essa técnica”, destacou Marques.
A saúde da mulher recebe atenção especial. Um dos destaque é o Programa de Controle de Câncer do Colo Uterino, que tem como meta que todas as mulheres do Estado com mais de 25 anos examinadas pelo menos uma vez nos 3 últimos anos anteriores.

Frentes de Trabalho: mulheres desempregadas têm preferência

No programa São Paulo na Frente pelo Trabalho, criado em junho de 1999, a mulher tem preferência. As pessoas com maiores encargos familiares, as mulheres arrimo de família, quem está há mais tempo desempregado ou que tem mais idade são a prioridade do programa.
O programa criou 50 mil postos em frentes de trabalho na Região Metropolitana. Os recrutados trabalham em jornada de seis horas diárias durante cinco dias por semana, sendo um dos dias destinado a curso de qualificação profissional ou alfabetização. Os bolsistas recebem um salário de R$ 150,00, vale-transporte, seguro contra acidente pessoal e uma cesta básica, sendo que a primeira entregue antes do início das atividades. As frentes continuam convocando desempregados para atuar em atividades de apoio nas mais diversas áreas do Estado.

Moradia: a mulher encabeça o contrato

A área de habitação popular é um dos programas que o Governo do Estado têm voltado para a mulher. Na hora de assinar o contrato com o mutuário, a novidade introduzida pela atual administração, desde 1995, é que o nome da mulher aparece em primeiro lugar. Em caso de morte do marido, a casa já está no nome dela, evitando os transtornos burocráticos tão comuns. Também na possibilidade de eventual separação é a mulher que, na grande maioria das vezes, permanece em casa cuidando dos filhos.

Atenção diferenciada na Terceira Idade

A comerciante aposentada, Odete Meirelles, de 64 anos, coordena há 10 anos oficinas culturais no bairro do Ipiranga. Para ela, as atividades realizadas nas Oficinas Culturais mantidas pela Secretaria Estadual da Cultura, como artesanato, ginástica e coral, mudaram a vida de muitas mulheres que não estavam acostumadas a se relacionar fora do círculo familiar, porque haviam passado toda a vida adulta como donas de casa. “As Oficinas desenvolvem no idoso a auto-estima, porque estimulam os relacionamentos, e com eles a vontade de sair, de se arrumar e de participar de atividades e eventos. São oportunidades únicas como as visitas que fazemos aos museus do Estado, ao teatro São Pedro, a Sala São Paulo e ao Memorial da América Latina”, diz. Odete lembra ainda que muitos cursos dão ao idoso possibilidade de aumentar a sua renda, “com a comercialização dos produtos que aprendem a fazer elas conseguem um bom acréscimo financeiro na aposentadoria”.
Para ter direito ao benefício, as mulheres integrantes do programa têm de se comprometer a participar de ações específicas nas áreas de educação, saúde e qualificação profissional. Entre elas, exames ginecológicos periódicos. Já as mães precisam apresentar a carteira de vacinação das crianças e os idosos comprovante de vacina contra gripe. Adolescentes maiores de 16 anos devem frequentar cursos de qualificação profissional.

70% da população atendida pelo Cravi é composta por mulheres

O Centro de Referência e Apoio à Vítima – Cravi, é um programa da Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania, em parceria com a Secretaria da Administração e Desenvolvimento Social, da Procuradoria Geral do Estado e Ministério da Justiça criado para prestar atendimento psicológico, jurídico e social aos familiares de vítimas de homicídios e latrocínios ou outros casos graves de violência. Fundado em julho de 1998, já atendeu mais de 1.500 pessoas, das quais mais de 2/3 constituída por mulheres.

Delegacias de Defesa da Mulher na Capital

A Secretaria da Segurança Pública tem um atendimento diferenciado às mulheres em suas queixas próprias. Estes são os endereços das nove Delegacias da Mulher na Capital:

1ª DDM (CENTRO)
Rua Doutor Bittencourt Rodrigues, 200, Centro, telefone 239-3328

2ª DDM (SUL) – JUNTO AO 16 DP
Av. Onze De Junho , 89, Vila Clementino telefone: 5084-2579

3ª DDM (OESTE) – JUNTO AO 93 DP
Av. Corifeu De Azevedo Marques, 4300, Vila Lajeado, Telefone 3768-4664

4ª DDM (NORTE) – JUNTO AO 28 DP
Av. Itaberaba, 731, Nossa Senhora do Ó, telefone, 3976-2908

5ª DDM (LESTE) – JUNTO AO 52 DP
Rua Doutor Corinto Baldoino Costa, 400, Vila Zilda, Telefone 293-3816

6ª DDM (CAMPO GRANDE) – JUNTO 99 DP
Rua Sgto. Manoel Barbosa da Silva, 115, Jd. Anhanguera, Telefone 246-1895

7ª DDM (LESTE) – JUNTO AO 63 DP
Rua Driades, 50, Vila Jacui, São Paulo, Telefone 297-1362

8ª DDM (SAO MATEUS) – JUNTO AO 66 DP
Av. Osvaldo Valle Cordeiro, 190, Jd. Brasília, Telefone 6742-1701

9ª DDM (OESTE) – JUNTO AO 87 DP
Av. Menotti Laudisio, 50 – Bairro: Pirituba, São Paulo, Telefone 3974-8890