Governo do Estado desativa mais uma carceragem em distrito da Zona Leste

Já foram desativadas carceragens de 21 distritos policiais na Capital

sáb, 24/02/2001 - 14h09 | Do Portal do Governo

Já foram desativadas carceragens
de 21 distritos policiais na Capital

O 30º Distrito Policial do Tatuapé, na Zona Leste da Capital, teve sua carceragem desativada definitivamente, neste sábado, dia 24, quando o governador em exercício, Geraldo Alckmin derrubou a última grade de uma das celas. Esse distrito abrigava, até o final do ano passado, 170 presos em um espaço programado para receber no máximo 30. Os presos foram transferidos para os CDPs – Centro de Detenção Provisória – Belém I e Belém II, onde irão aguardar julgamento. Com a desativação deste final de semana, chega a 21 o número de carceragens esvaziadas.

Alckmin disse que operação como a desse sábado está sendo feita gradativamente nas grandes cidades de todo o Estado. ‘Já estamos com 21 distritos da Capital sem presos. Nos municípios foram desativadas as carceragens de distritos de Osasco, e de Campinas’, disse. Ele informou ainda que o Governo Mário Covas está investindo muito na construção de novas unidades prisionais e que já construiu seis CPDs.

O ministro da Justiça, José Gregori, que acompanhou a desativação da carceragem no Tatuapé, afirmou que ‘nenhum governador de São Paulo chegou perto do que o Mário Covas fez na área prisional’, e elogiou a forma como foi conduzida a ação policial nas rebeliões ocorridas na semana passada. ‘A forma como foi contida a rebelião, o fato de não ter havido nenhuma baixa em decorrência das medidas repressivas que a polícia militar foi obrigada a tomar, mostra que as autoridades paulistas estão conduzindo com firmeza, competência e a serenidade necessárias à altura da crise que apareceu aqui em São Paulo’, disse.

Gregori lembrou o apoio dado pelo Governo Federal a São Paulo nesta área, com o envio de recursos no valor de R$ 31 milhões para investimentos no sistema prisional paulista. Destacando que o Governo Federal está atento no sentido de prover de ajuda e de colaboração o Governo paulista, o ministro informou que para este ano está os recursos valor será maior: ‘No orçamento geral que será destinado ao sistema prisional brasileiro, São Paulo já está contemplado com cerca de mais R$ 40 milhões. Além disso, vamos ver o que se pode tornar disponível do Fundo Penitenciário para o Governo de São Paulo’, afirmou.

Sobre esquema especial de segurança nas penitenciárias durante o período de Carnaval, o secretário Petrelluzzi confirmou. ‘Se houver alguma rebelião a polícia está pronta e preparada para agir’. O secretário fez críticas às opiniões confusas sobre os direitos humanos. ‘Muita gente que milita na área de Direitos Humanos se equivocou posicionando-se ao lado do PCC. Eu li no jornal que o deputado Fernando Gabeira (PV) declarou-se a favor da desativação de Taubaté. Isso é uma sandice, uma irresponsabilidade. Ele não sabe o que está falando. Com isso, os presos perceberam que poderiam ‘humanizar’ esse movimento que é de quadrilha fazendo reivindicações absurdas’.

Alckmin fala sobre demissão de ministros

Após a desativação da carceragem, jornalistas perguntaram ao governador em exercício, Geraldo Alckmin, como o Governo paulista avalia as demissões dos ministros Rodolpho Tourinho e Waldeck Ornélas, do PFL, ocorridas ontem (23). Alckmin destacou que essa é o tipo de decisão que só cabe ao Governo Federal, e disse: ‘Cargo de ministro é cargo de confiança do presidente da República e o mínimo que se espera de quem participa do Governo é que apoie o Governo. Acho que o governo agiu corretamente’.